Geraint Thomas sonha com uma vitória de etapa na Volta a França 2025 e brinca: "Acho que sou uma lenda absoluta"

Ciclismo
quinta-feira, 03 julho 2025 a 12:00
thomas
Um dos nomes mais emblemáticos da última década no pelotão, Geraint Thomas está de regresso à Volta a França, desta vez com objetivos distintos. Aos 39 anos, o galês prepara-se para disputar a Grande Boucle pela 14ª e última vez, com a ambição de conquistar uma derradeira vitória de etapa naquela que será a sua despedida da prova onde se tornou lenda em 2018.
Desde a sua estreia no Tour, em 2007, ao serviço da Barloworld, Thomas percorreu um longo caminho. "Naquela altura, não fazia ideia do que esperar, era um mundo totalmente novo", recorda o britânico, agora ciclista da INEOS Grenadiers, em declarações ao Cycling News. "Considerando que agora, 14º Tour, meio que sabes o que esperar".
Apesar da experiência acumulada, Thomas não esconde que cada edição é um novo desafio. "Não torna as coisas mais fáceis, mas é muita experiência, muito trabalho árduo e, obviamente, o meu lugar na equipa é provavelmente diferente", reconhece. "Na altura, eu era o jovem britânico, porque tudo começou em Londres, mas agora espero poder ajudar os rapazes a navegar no Tour. Mas continuo entusiasmado e ansioso por uma última grande volta".
Ao contrário de anos anteriores, o foco de Thomas não está na luta pela geral ou em repetir o feito de 2018. Em vez disso, o veterano está concentrado em apoiar o jovem Carlos Rodríguez, o líder da INEOS para esta edição, e tentar vencer uma etapa, algo que considera simbólico nesta fase da carreira. "Adoraria ser competitivo e vencer uma etapa, acho que uma vitória seria fantástica", admite. "Mas para isso é preciso estar em óptimas condições".
A única vitória de Thomas numa grande volta foi na Volta a França 2018
A única vitória de Thomas numa grande volta foi na Volta a França 2018
Thomas reforça ainda a sua motivação para ajudar a nova geração. "Depois, obviamente, estar ao lado do Carlos nas montanhas e ajudá-lo, tanto quanto posso, tanto em cima da bicicleta como fora dela, e ele sabe o que está a fazer de qualquer forma. Mas acho que é só desempenhar esse papel na equipa e tentar partilhar a minha sabedoria", acrescenta.
A presença de Thomas na Volta a França de 2025 esteve, no entanto, em risco no mês passado, após uma queda na Volta à Suíça. A lesão, felizmente, não se revelou grave. "Foi horrível, amigo, fiz um trabalho incrível para chegar a este ponto, acho que sou uma lenda absoluta", brinca. "Mas não, com toda a seriedade, não foi assim tão mau. Foi mais uma questão de precaução com a equipa e o facto de ter ficado com o pé preso atrás e ter torcido o tendão e a barriga da perna".
O vencedor de três etapas no Tour explicou também como foi a recuperação. "Fiz um bom treino atrás da mota com o meu treinador, Adrian, e fiz o melhor que pude. É frustrante porque, obviamente, teria sido bom ver exatamente onde eu estava em comparação com todos os outros, em vez de apenas treinar, porque é sempre diferente, mas sem problemas agora e tudo bem do meu lado".
Esta 14ª presença na Volta marca não só o fim de um ciclo, como também reforça o legado de um ciclista que soube reinventar-se ao longo dos anos. No entanto, Thomas prefere adiar reflexões. "Sempre pensei no que está para vir e vou refletir sobre isso quando tiver terminado", afirma. "Por isso, vamos empenhar-nos nisso, fazer tudo o que pudermos e refletir depois".
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