Gregário de Roglic insiste na tónica de desvalorização da derrota para Juan Ayuso: "Não tínhamos como objetivo ganhar a etapa"

Ciclismo
sábado, 17 maio 2025 a 12:00
nicodenz
A chegada em alto na 7ª etapa da Volta a Itália 2025, onde Juan Ayuso se impôs com autoridade em Tagliacozzo, foi lida por muitos como um sinal de fragilidade da Red Bull – BORA – Hansgrohe e do seu líder Primoz Roglic, ultrapassado nos últimos metros e momentaneamente colocado sob pressão. No entanto, para Nico Denz, um dos homens de confiança da equipa alemã, essa leitura não corresponde à realidade tática do dia.
“Hoje foi um daqueles dias que tínhamos marcado com um sinal de perigo”, explicou o alemão de 31 anos à Cycling Magazine na rede Blue Sky. "Tentámos imediatamente assumir o controlo para evitar que um grupo forte e perigoso se destacasse na fuga do dia com candidatos à geral".
Segundo Denz, o foco da equipa não estava em disputar a vitória da etapa, mas sim em controlar o cenário e gerir os esforços com inteligência, num contexto de corrida ainda muito prematuro. Ele próprio foi um dos primeiros a trabalhar para filtrar a composição da fuga e proteger o grupo de favoritos:
"Ninguém estava à espera que eu estivesse a perseguir tudo na primeira subida. Mas quando o terreno ficou mais plano, nós, os mais pesados, assumimos o controlo. A nossa divisão de trabalho tem funcionado muito bem desde o início".
O plano da Red Bull, segundo Denz, era claro: manter o ritmo sob controlo e evitar acelerações desnecessárias que desgastassem Roglic.
"O objetivo era deixar a diferença crescer gradualmente. Dessa forma, mantemos as diferenças de tempo debaixo de olho e seguimos o nosso próprio ritmo nas subidas, não tínhamos como objetivo ganhar a etapa", explicou.
Apesar de ter sido batido por Ayuso na subida final, Roglic manteve a liderança da geral, com apenas quatro segundos de vantagem sobre o espanhol da UAE Team Emirates – XRG. Para a formação alemã, o importante foi não entrar em pânico e manter o controlo da corrida, algo que Denz acredita ter sido conseguido.
“Quando precisei delas, as minhas pernas estavam lá”, resumiu Denz, satisfeito com a sua própria prestação e com a coordenação da equipa. Num Giro marcado por tensão, quedas e equilíbrio na luta pela geral, o alemão mostra confiança no plano estabelecido.
Com as grandes montanhas e a temida etapa de sterrato ainda pela frente, a Red Bull – BORA – Hansgrohe mantém-se no centro da luta pelo título, agora com Roglic a gerir uma liderança frágil, mas ainda intacta.
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