Após ser um dos dominadores nas Grandes Voltas nos últimos anos,
Jonas Vingegaard poderá finalmente estrear-se ao serviço da seleção nacional da Dinamarca. O bicampeão da Volta a França, que nunca competiu com as cores do seu país em Campeonatos do Mundo, Europeus ou Jogos Olímpicos, está agora motivado para representar a Dinamarca no Mundial de Estrada de 2025, que se realizará no Ruanda.
A revelação foi feita pelo novo selecionador dinamarquês,
Michael Morkov, em declarações ao DR Sporten:
"Ele ainda não foi oficialmente selecionado, por isso não posso dizer definitivamente que vai estar nos Mundiais. Mas posso certamente confirmar que o Jonas está interessado em participar. E tendo em conta o nível que tem demonstrado, faria sem dúvida parte da equipa nacional".
O Mundial deste ano apresenta um perfil incomum: será a primeira vez que a prova se disputa em solo africano e o percurso será acidentado, com subidas curtas e repetidas a cerca de 1500 metros de altitude. Embora não seja o tipo de subida longa que mais favorece Vingegaard, Mørkøv acredita que o ambiente e a altitude podem beneficiar o líder da
Team Visma | Lease a Bike:
"É um percurso adequado para ele. É muito acidentado, com ganho de elevação constante. Pode dizer-se que Jonas é melhor em subidas longas, o que não há aqui, mas o ar rarefeito a 1500 metros de altitude é algo que ele gere muito bem. É uma boa oportunidade".
A presença de Mattias Skjelmose, outro dos grandes talentos dinamarqueses e também um dos melhores trepadores da atualidade, abre ainda mais possibilidades para a Dinamarca apresentar uma equipa ambiciosa, capaz de controlar a corrida e atacar nos momentos decisivos.
"Como selecionador, um dos meus objetivos é tornar atrativo representar a Dinamarca. Estou satisfeito por tanto o Jonas como o Mattias estarem motivados. Estamos a falar de dois dos melhores trepadores do mundo", sublinha Mørkøv.
Se Vingegaard alinhar, será a sua estreia absoluta em provas de um dia ao serviço da seleção, e logo numa edição histórica. E para um ciclista que já conquistou o Tour e superou o seu rival Tadej Pogacar nos Alpes e nos Pirenéus, a Camisola Arco-Íris poderá ser o próximo grande troféu a conquistar.