Jai Hindley e Giulio Pelizzari defendem o título da Red Bull - BORA - Hansgrohe na Volta a Espanha

Esta a Volta a Espanha marca o fim da era pré-Remco Evenepoel dentro da Red Bull - BORA - Hansgrohe. A equipa alemã cumpriu no Giro, não obstante do abandono de Primoz Roglic, conseguindo um 6º lugar e uma vitória de etapa. No Tour. Florian Lipowitz superou as expectativas, terminando no pódio, colocaram ainda Roglic no top 10. Na Volta a Espanha, defendem o título conquistado em 2024, mas a concorrência será de respeito. Vamos conhecer os escolhidos.

20 vitórias, 54 pódios, 146 top 10, 6º lugar no ranking UCI 2023-2025

As responsabilidades de classificação geral recaem em Hindley e Pelizzari. O australiano mantém a sua tónica de ciclista muito irregular, andou bem até à Volta a Itália, com top 10's na Volta à Comunidade Valenciana, Tirreno-Adriatico e Volta aos Alpes. O Giro durou apenas 6 dias, já que uma queda em Nápoles o obrigou a abandonar. Regressou 3 meses depois, com um 25º lugar em Burgos, acredito que vá melhorar a sua forma e regressar finalmente ao top 10 de uma grande volta, algo que já não acontece desde a Volta a França 2023.

Pelizzari está a surpreender os mais distraídos na sua 1ª temporada no worldtour. Digo os mais distraídos, porque quem acompanhou o italiano em 2024, especialmente no Giro, sabia que estava ali um diamante. Este ano, foi 6º na sua corrida, com uma recuperação impressionante na última semana, mais recentemente, foi 4º na Volta a Burgos, excelentes sinais. Poderia colocar-se a questão do desgaste de 2 grandes voltas, mas tem apenas 40 dias de competição, por isso acredito que vai chegar ao final da Vuelta fresco e na luta pelo top 10.

Fisher-Black, Sobrero e Aleotti serão os gregários de montanha, destaco os 2 primeiros: o australiano fez uma temporada aceitável, com um 3º lugar no Tour Down Under e 6º no UAE Tour, ia a caminho de um top 10 na Volta à Polónia, mas teve que abandonar a 2 dias do final da corrida, para além do apoio aos líderes, terá alguma liberdade em finais inclinados, já que é um excelente puncher e perante os rivais que vai ter, sonhar com uma vitória não é, de todo, improvável. Sobrero voltou ao seu melhor nível na Volta à Polónia, onde foi 3º, já não o via a andar assim há muito tempo. Tem um motor brutal e pode impor ritmos altíssimos nas etapas de montanha, será também fundamental para minimizar perdas no contrarrelógio coletivo.

Van Dijke está longe de ser um sprinter, mas tem boa ponta final, pode lograr um ou outro top 10 nas chegadas mais rápidas. Koch e Denz completam o alinhamento, dois ciclistas para os terrenos planos, para a proteção dos líderes, serão também importantes no contrarrelógio coletivo e quanto a Denz, não o deixem fugir, que ele ainda dá nova vitória em grandes voltas, já são três.