João Almeida sobe ao palco na noite de Tadej Pogacar no Velo d’Or: "Talvez o melhor de sempre"

Era o segredo mais mal guardado do ciclismo e esta sexta feira, sem grande surpresa, Tadej Pogacar voltou a ser o nome em destaque na gala do Velo d'Or, distinção anual atribuída pela revista francesa Velo Magazine e comparada muitas vezes à Bola de Ouro do futebol. No setor feminino, o prémio maior foi para a francesa Pauline Ferrand-Prévot (Visma).

O líder da UAE Emirates encerrou uma temporada absolutamente dominante: conquistou pela quarta vez a Volta a França, sagrou-se campeão europeu e mundial e acumulou êxitos em praticamente todos os terrenos. Este triunfo representa o seu terceiro Velo d'Or e o segundo consecutivo.

A transversalidade do seu domínio, capaz de decidir tanto grandes Voltas como clássicas, valeu-lhe ainda o Troféu Eddy Merckx, reservado ao ciclista que mais se destaca nas provas de um dia. Entre as mulheres, o equivalente foi para a neerlandesa Lorena Wiebes.

No capítulo coletivo, também sem novidade, a UAE Team Emirates - XRG foi distinguida como melhor equipa do ano, depois de estabelecer um novo recorde de vitórias ao longo da época.

A ausência de Pogacar levou João Almeida a subir ao palco em representação da formação. O português, que também figurava entre os finalistas ao Velo d'Or, destacou o espírito que reina na equipa: "Somos uma família, é uma honra fazer parte desta equipa. Tentamos fazer o melhor sempre. Vou continuar a trabalhar para mais. Quero ganhar mais corridas, apesar do nível cada vez mais alto. Esse é o meu objetivo", afirmou.

Em Paris, onde decorreu a gala, João Almeida marcou presença acompanhado pela namorada, Rita. No final, em declarações ao Record, descreveu o momento como especial: "Foi uma boa experiência estar aqui presente pela primeira vez. Estava nomeado, foi bom estar aqui para estes prémios de relevo no ciclismo", enalteceu, antes de comentar o inevitável protagonista da noite.

"Tadej é exemplar, talvez o melhor de sempre e vencedor claro destes prémios. Fez uma época incrível, mais uma, e ganhou quase tudo. É complicado ganhar os dois troféus, mas ele é bom em qualquer terreno. A Volta a França tem muito peso na votação do 'Vélo d'Or', e no Troféu Eddy Merckx são as clássicas, mas ele também venceu monumentos, então acaba por ser normal", explicou.

A gala destacou ainda os melhores ciclistas franceses do ano, com Kévin Vauquelin e Pauline Ferrand-Prévot a arrecadarem os respetivos troféus.

Houve também espaço para homenagear os corredores que colocaram um ponto final na carreira em 2025, entre os quais o português Rui Costa.