Julian Alaphilippe protagonizou uma das imagens mais desconcertantes da
Volta a França 2025. Em Carcassonne, o francês da
Tudor Pro Cycling Team ergueu os braços em euforia ao cruzar a linha de meta… sem saber que Tim Wellens já tinha vencido a etapa minutos antes. O antigo Campeão do Mundo acreditava ter conquistado a vitória, mas celebrava afinal um terceiro lugar.
Num dia propício a ataques e fugas, Alaphilippe procurou desde cedo integrar a escapada do dia. Apesar de uma primeira tentativa frustrada, a Tudor trabalhou para colocar o seu líder num segundo grupo, numa fase em que a frente da corrida já levava uma boa vantagem e Wellens seguia lançado para a glória.
A situação complicou-se para Alaphilippe com uma queda logo no início da jornada. “Consegui recuperar o meu ombro. Lembrei-me de como me tinham feito no hospital”, revelou após a etapa. No entanto, a queda danificou o seu rádio e o francês ficou sem qualquer ligação com o carro da equipa.
Já nos quilómetros finais, vários elementos das duas frentes da corrida juntaram-se na entrada em Carcassonne, mas Wellens mantinha uma vantagem confortável e selava a vitória. No grupo perseguidor, Alaphilippe ainda teve forças para vencer ao sprint frente a Wout van Aert e Axel Laurance. Confiante de que estava a lutar pela etapa, o francês levantou os braços, celebrando efusivamente o que pensava ser um triunfo, perante os olhares incrédulos dos adversários.
Depois da meta o ciclista levaria com um balde de água fria. Sem rádio e sem referências, Alaphilippe ficou a saber que Wellens já tinha cruzado a meta e que só tinha conquistado apenas o terceiro lugar. “Lutei. Estava com boas pernas. O rádio não estava a funcionar depois da queda. Sprintei como um idiota, para tentar ganhar a etapa”, confessou, sem esconder a frustração.