Kaden Groves confiante à entrada da 2ª etapa da Volta a França 2025: "Tanto o Philipsen como o Van der Poel têm hipóteses"

Kaden Groves foi o homem-chave da Alpecin-Deceuninck na tumultuosa etapa de abertura da Volta a França 2025. O sprinter australiano de 25 anos não só sobreviveu aos inúmeros acidentes como desempenhou um papel determinante no lançamento de Jasper Philipsen para a vitória e consequente conquista da Camisola Amarela. Antes da partida para a segunda jornada, Groves refletiu sobre o nervosismo do primeiro dia e abordou as expetativas da equipa para mais uma etapa explosiva.

“Sim, foi bastante confuso”, reconheceu Groves em declarações ao CiclismoAtual. “Não estava mesmo à espera… as quedas acontecem, por isso é claro que há alguma sorte. Mas também há concentração. Não foi o momento ideal, mas consegui recuperar a posição e continuar a fazer o meu trabalho.”

As imagens televisivas mostram Groves a evitar por muito pouco uma queda que apanhou, entre outros, Ben O’Connor. No entanto, o australiano garante que o vídeo não revela tudo o que se passou no terreno. A agilidade e lucidez no meio da confusão foram determinantes para manter Philipsen em posição de disputar o sprint.

A vitória no primeiro dia ofereceu à equipa não só a liderança da geral, como também a Camisola Verde, numa jornada que podia facilmente ter terminado em frustração. “Nada mau, não é? Ganhar a primeira etapa e ficar com a camisola amarela”, sorriu Groves. “Mas de qualquer forma, hoje é um novo dia.”

A segunda etapa apresenta novos desafios: 209 quilómetros de estradas estreitas, com previsão de chuva, muitos obstáculos e um final técnico. Mas Groves não esconde a confiança. “Estamos todos concentrados de novo para tentar obter outro resultado, quer seja com o Jasper ou com o Mathieu”, sublinhou. “Esta etapa pode mesmo correr de qualquer maneira. Muito vai depender dos ataques na fase final. Mas é uma etapa que nos deve agradar, especialmente com duas cartas fortes para jogar.”

Apesar de ser estreante na Grand Boucle, Groves demonstra maturidade e foco no coletivo. E deixa claro que, para os sprinters e lançadores, o Tour não tem nada de prazeroso. “Não foi uma etapa tipicamente divertida, especialmente para um primeiro Tour”, admitiu. “Mas estive concentrado nos rapazes durante todo o dia, super concentrado. E no final, isso valeu a pena.”