Matthew Brennan fala sobre a Volta à Flandres, o Tour e as comparações com Wout Van Aert e Mark Cavendish: "Tomo isso como um elogio"

Ciclismo
quarta-feira, 07 maio 2025 a 9:00
brennan
Matthew Brennan chegou ao pelotão profissional como um vendaval. Aos 18 anos, já coleciona vitórias na Volta à Catalunha e na Volta à Romandia, impondo-se em finais seletivos com a naturalidade de quem parece destinado a grandes feitos. O jovem britânico da Team Visma | Lease a Bike tem sido comparado a figuras como Mark Cavendish ou Wout van Aert, seu atual colega de equipa.
"Se as pessoas quiserem fazer essas comparações, tudo bem. Tomo isso como um elogio", disse Brennan ao Het Nieuwsblad. "Mas eu próprio tento não o fazer. Tenho de me focar no meu percurso, construir a minha carreira ao meu ritmo".
Apesar dos paralelismos, Brennan mantém os pés bem assentes na terra. "Não sou o Van Aert, nem o Cavendish. Cada um seguiu o seu caminho. E estou consciente de que ainda estou longe do nível deles. Além disso, sou um tipo de ciclista diferente. Cavendish não ganhava etapas com 3.000 metros de desnível. E o motor do Van Aert é, obviamente, maior do que o meu".

Um bilhete inesperado para Roubaix

A ascensão meteórica de Brennan ganhou força após vitórias em provas francesas de menor categoria, culminando no triunfo no GP de Denain (1.Pro). Este desempenho valeu-lhe um lugar no alinhamento das Clássicas da Visma, como substituto de Christophe Laporte, incluindo uma estreia improvável na Paris-Roubaix.
Matthew Brennan venceu a primeira etapa da Volta à Catalunha
Matthew Brennan venceu a primeira etapa da Volta à Catalunha
"Depois de Denain, recebi uma mensagem do Mathieu Heijboer, responsável pelo desempenho da equipa. Ele não é o meu treinador direto, por isso estranhei o contacto. Pediu-me para lhe ligar nessa noite. Passei o dia a pensar se tinha feito alguma asneira. Mas, afinal, era o contrário".
No Inferno do Norte, Brennan surpreendeu pela maturidade. "Quando ultrapassei o Wout, percebi que estava em condições de dar mais e ajudar a equipa. Assumi responsabilidades. O Van Aert tem sido um exemplo. Já aprendi imenso com ele sobre o que é ser um verdadeiro profissional".
Na véspera do Monumento, Brennan procurou conselhos. "Bati à porta do quarto do Wout e perguntei-lhe o que esperar. Ele explicou as táticas, deu-me dicas valiosas e acreditou que eu podia estar na final. Isso deu-me confiança".

Do velódromo ao sonho da Flandres

Brennan começou por dar nas vistas nas pistas, tendo estabelecido o recorde do mundo de perseguição individual júnior em 2023 e tendo-se sagrado campeão mundial de madison com Ben Wiggins. Embora deseje regressar às pistas no futuro, o seu foco está agora na estrada.
"Quero muito ganhar a Volta à Flandres", revela. "E uma etapa da Volta a França, de preferência a de 2027, quando a Grande Partida for no Reino Unido".
Com ambição controlada, Brennan não força os acontecimentos. "Não pedi à equipa para me levar obrigatoriamente, mas é um objetivo. Estou a trabalhar para isso. Se não acontecer, não faz mal. Continuo a desfrutar do processo".
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