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Q36.5 Pro Cycling Team prossegue a sua política de reforço com a contratação de
Thomas Gloag, proveniente da
Team Visma | Lease a Bike, reforçando ainda mais a espinha dorsal britânica do projeto. O jovem londrino de 24 anos junta-se a Tom Pidcock e Fred Wright, bem como ao irlandês Eddie Dunbar, criando um bloco sólido para apoiar as ambições da equipa nas corridas por etapas e nas clássicas montanhosas.
Reencontro com velhos conhecidos
Para Gloag, a mudança representa mais do que uma simples transferência: é um regresso a rostos familiares. Cresceu praticamente lado a lado com Wright, a escassos 1000 metros em Londres, e partilhou com ele as primeiras pedaladas competitivas no VC Londres. Já nos escalões Sub-23, defendeu as cores da Trinity Racing, sob a orientação de Kurt Bogaerts e ao lado de Pidcock.
Esses anos, recorda, foram determinantes na sua formação. "Foi muito divertido estar numa equipa britânica como a Trinity. Corríamos da forma correta. Vejo isso também na Q36.5. Não se trata apenas dos ciclistas, mas da forma como se constrói essa cultura de equipa", destacou o britânico.
Carreira marcada por talento e infortúnio
O novo reforço chega com um currículo respeitável. Nos Sub-23 destacou-se como trepador, nomeadamente no Tour de l’Avenir, onde conquistou uma etapa e vestiu a camisola amarela em 2022.
Gloag vai reunir-se com Tom Pidcock em 2026
No entanto, o início da sua carreira profissional não foi linear. Em 2023, um atropelamento provocou-lhe a fratura da rótula, forçando uma longa paragem. Regressou apenas em 2024, mas fê-lo com impacto imediato, ao vencer a etapa rainha do Czech Tour logo na sua prova de regresso. Em 2025, destacam-se o 8º lugar na geral do Tour Down Under e o 13º posto na Volta à Grã-Bretanha, tendo sido apenas batido por Remco Evenepoel na etapa rainha.
"Tive altos e baixos", reconheceu. "Ainda estou a tentar perceber tudo, mas o meu objetivo a longo prazo é claro: quero lutar pela classificação geral em corridas por etapas e, eventualmente, numa Grande Volta. Na Q36.5 espero encontrar a consistência que tem faltado até agora".
Confiança total do projeto suíço
O diretor-geral Doug Ryder não esconde o entusiasmo. "O Tom sempre foi um ciclista entusiasmante. Infelizmente, a má sorte tem-no travado, mas tem um potencial enorme por explorar. Acreditamos que pode brilhar nas provas de uma semana e, mais tarde, tornar-se candidato às grandes voltas. No ambiente que criámos na Q36.5, estou convencido de que vai mostrar todo o seu valor".
Uma espinha dorsal britânico-irlandesa
A chegada de Gloag confirma a aposta da Q36.5 numa estrutura com forte ADN britânico-irlandês. Com Pidcock já consolidado como líder, Joseph Pidcock e Mark Donovan a dar profundidade, Fred Wright como referência para as clássicas e Dunbar a acrescentar força nas montanhas, o projeto ganha cada vez mais identidade.
Para Gloag, é a oportunidade de relançar a carreira no contexto certo. "Quero continuar a progredir e ter uma direção clara. Aqui encontro isso", afirmou.
Para a Q36.5, é mais um passo firme na consolidação como equipa capaz de competir de igual para igual com as grandes formações do World Tour, apostando num bloco unido, jovem e com grande margem de crescimento.