Enquanto todas as atenções estão viradas para o tão aguardado duelo entre Tadej Pogacar e Remco Evenepoel na
Liege-Bastogne-Liege, há equipas que preferem jogar a partir da sombra, na esperança de surpreender os favoritos. No entanto, a
EF Education-EasyPost não será uma delas: com líderes de perfil atacante, a formação americana promete ser protagonista. Entre eles, destaca-se
Neilson Powless.
"É uma corrida muito, muito dura e longa. As subidas são significativamente mais exigentes do que em qualquer outro Monumento que já disputámos este ano. É uma prova extremamente difícil", reconhece o norte-americano nas declarações pré-corrida.
Esta será a quarta participação de Powless na Doyenne, com o seu melhor resultado a ser um 8.º lugar alcançado em 2022. "Terminar no top-10 aqui foi um resultado muito positivo. Dá uma boa sensação chegar às fases decisivas da corrida e ainda estar entre os melhores quando as subidas começam a fazer a diferença".
Com 250 quilómetros e mais de 4000 metros de desnível acumulado, o desafio em Liège é imenso. "Serão mais de seis horas de corrida em estradas duras. O primeiro objetivo será sacrificar toda a equipa para colocar um, ou talvez dois ciclistas com reais hipóteses de vitória a partir da La Redoute, onde normalmente começam os grandes ataques e onde os favoritos costumam fazer a diferença".
Apesar de ter conquistado um dos maiores e poucos triunfos da equipa esta temporada - derrotando o poderoso trio da Visma na Dwars door Vlaanderen -, Powless reconhece que a EF Education-EasyPost conta com várias opções fortes para domingo. Em especial, destaca a forma de
Ben Healy.
"O Ben está a voar neste momento. Está a subir muito rápido. Provavelmente será o nosso principal líder. Espero poder estar com ele no final. Se o puder ajudar, ou, se as pernas o permitirem, jogar a carta de dois líderes, será excelente. Mas se for necessário, sacrifico-me de bom grado por ele. O objetivo é simples: chegar ao pódio", afirma.
Para Powless, numa corrida tão imprevisível como a Liège-Bastogne-Liège, ter duas cartas a jogar nos últimos dez quilómetros pode fazer toda a diferença. "Se tivermos dois ciclistas na frente nessa altura, temos uma boa hipótese de colocar alguém no pódio."