"O Tadej e o Remco são os favoritos" Jonas Vingegaard aposta na experiência de Skjelmose e Pedersen para tentar vencer os Europeus

Ciclismo
sábado, 20 setembro 2025 a 13:00
Vingegaard
Jonas Vingegaard prepara-se para trocar as Grandes Voltas pela intensidade de uma clássica de um dia. O dinamarquês, recém-vencedor da Volta a Espanha 2025 e bicampeão da Volta a França, vai alinhar a 5 de outubro no Campeonato da Europa que se realiza em Ardèche, França, e admite que contará com a experiência de Mads Pedersen e Mattias Skjelmose para enfrentar um desafio pouco habitual na sua carreira.
“Com base na lista de partida tal como está, têm de ser Tadej Pogacar e Remco Evenepoel. São os grandes favoritos”, reconheceu Vingegaard em declarações ao Feltet. “Vou apoiar-me no Mads e no Mattias. Eles são muito fortes nas corridas de um dia, por isso vou aprender muito com eles e ganhar experiência dessa forma. Há muito know-how na equipa dinamarquesa.”
Apesar do seu currículo nas provas de três semanas, Vingegaard raramente brilhou em corridas de um dia. A última tentativa, na Clásica San Sebastián de 2024, terminou sem sucesso. “Sempre tive dificuldades em corridas de um dia, por isso este é um novo tipo de teste para ver se consigo lidar com isso”, admitiu o ciclista de 28 anos. “Claro que não é provavelmente um grande objetivo para a minha época de 2025. Já disse que sim, mas não vou para lá para ficar em primeiro lugar.”

Um percurso selectivo em Ardèche

A prova terá 203 quilómetros e cerca de 3.500 metros de desnível acumulado, com as voltas finais a incluírem o Val d'Enfer, uma subida de 1,6 quilómetros com média de 9,7%. O traçado agrada tanto a Vingegaard como ao seu rival Pogacar, prometendo uma batalha intensa entre os melhores trepadores.
O selecionador nacional dinamarquês, Michael Morkov, não escondeu a ambição: “A expetativa não pode ser outra senão a de que ele seja campeão europeu. Quando se tem um ciclista como o Jonas, que ganhou o Tour duas vezes e quase sempre terminou no pódio, não se pode colocar a fasquia mais baixa do que a vitória. Essa é a ambição clara. Mesmo que o Pogacar venha, o que esperamos que aconteça.”

Fadiga pós-Vuelta, incógnita para os Europeus

A grande dúvida é como Vingegaard vai reagir apenas três semanas depois de conquistar o seu primeiro título na Volta a Espanha. “Falei com ele no dia a seguir à Vuelta. Apesar de vir de uma longa e cansativa Grande Volta, ele disse que estava ansioso por correr pela equipa nacional, o que é óptimo de ouvir”, destacou Morkov. “É claro que há sempre um risco e os campeonatos são decididos com base na forma daquele dia. Mas neste momento, ele está em condições fantásticas e tenho plena confiança de que vai estar forte quando chegarmos aos Europeus.”
O próprio Vingegaard mantém a prudência: “Penso que é difícil estabelecer quaisquer expectativas. Já fiz duas Grandes Voltas e não sei bem como vou estar. Agora estou em boa forma e estou a tentar mantê-la, mas nunca se sabe se será suficiente”, confessou.
O Campeonato da Europa representa tanto um teste como uma oportunidade para o especialista em corridas de três semanas. É a hipótese de medir forças com Pogacar e Evenepoel num percurso talhado para trepadores e de começar a ganhar a experiência de que precisa para se tornar competitivo em provas de um dia.
“Não estou a alinhar apenas para correr”, garantiu. “Vou fazer tudo o que puder para conseguir um resultado de topo.”
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