Omar Fraile anuncia retirada do ciclismo no final de 2025: “Chegou o momento de dizer adeus”

Omar Fraile vai pendurar a bicicleta no final da época de 2025. O ciclista basco, atualmente ao serviço dos INEOS Grenadiers, confirmou que esta será a sua última temporada no pelotão profissional, encerrando uma carreira de 14 anos marcada por vitórias em Grandes Voltas, títulos nacionais e uma reputação de atacante combativo.

“Retirar-me para a melhor equipa do mundo é um grande privilégio e uma honra para mim”, escreveu Fraile nas redes sociais da equipa britânica, onde deixou um agradecimento emocionado à modalidade que marcou a sua vida: “Chegou o momento de dizer adeus ao que foi a minha vida até agora, de deixar o ciclismo profissional. Foram 14 anos de ciclismo profissional, 10 na categoria mais alta, no World Tour, e tenho recordações maravilhosas e pessoas maravilhosas que recordarei com especial carinho.”

Fraile iniciou a carreira profissional na Orbea, passando depois por Caja Rural, Dimension Data e Astana, antes de ingressar na INEOS em 2022. Nos primeiros anos destacou-se como um dos melhores atacantes do pelotão, conquistando por duas vezes a classificação da montanha na Volta a Espanha (2015 e 2016). Em 2017 venceu uma etapa da Volta a Itália em Bagno di Romagna, e em 2018 somou uma vitória memorável na Volta a França, em Mende, depois de um ataque agressivo e inteligente.

Foi ainda vencedor de etapas na Volta ao País Basco e na Volta à Romandia, além de ter conquistado o título de campeão nacional de fundo em 2021, numa carreira que combinou agressividade nas fugas com versatilidade em vários terrenos.

Nos últimos anos, Fraile tornou-se um elemento fiável no coletivo da INEOS Grenadiers, apoiando líderes em Grandes Voltas. Participou na Volta a França e na Volta a Espanha de 2023, colocando a sua experiência e consistência ao serviço da equipa.

A decisão de se retirar, explica, foi tomada em sintonia com a sua vida pessoal: “Esta decisão surge no momento certo da minha vida, com a minha família, o que facilitou as coisas, pois nos últimos anos estava a ter dificuldades em sair de casa, especialmente com o nascimento do meu segundo filho em dezembro.”

Fraile reconhece ainda as exigências crescentes do ciclismo moderno: “O ciclismo mudou muito nos últimos anos, passamos muitos dias fora de casa, tudo é muito mais exigente, o que torna mais complicado ter de estar fora de casa.”

O ciclismo despede-se assim de um dos seus profissionais mais respeitados e combativos, um homem de clássicas, de montanha e de espírito de equipa. Omar Fraile deixa o pelotão com um legado sólido e muitas memórias que perdurarão entre adeptos e colegas de profissão.

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