As primeiras etapas da Volta a França 2025 têm sido marcadas por quedas, mudanças de camisola e uma sucessão de manchetes; contudo,
Primoz Roglic permanece quase invisível no pelotão. Para o esloveno da Red Bull - BORA - Hansgrohe, que somou cinco vitórias em Grandes Voltas, a discrição inicial não convence toda a gente.
Roglic perdeu 39 segundos logo na etapa inaugural e ainda não protagonizou qualquer ação decisiva. Embora muitos interpretem esta postura como uma estratégia de poupança de energia para semanas mais duras, o comentador neerlandês Jan Hermsen considera que a equipa não está a proteger devidamente o seu líder.
"Preferia que o mantivessem calmo na primeira semana e que vissem até onde ele pode ir. Fazer um bom contrarrelógio e depois ver até onde pode ir. Eu nunca o deixaria ficar mal e foi o que fizeram na primeira etapa".
O esloveno regressa à competição poucas semanas após a queda que ditou o seu abandono na Volta a Itália, e Hermsen duvida que a forma atual seja suficiente para lutar pela amarela e deu como exemplo a 2ª etapa, onde não foi capaz de discutir a chegada, num grupo muito reduzido.
"Ele também estava numa situação de desvantagem na segunda etapa, enquanto que a chegada era uma meta onde ele teria ganho no passado. Em todos os aspetos, Roglic não está a participar nesta
Volta a França. Vê-se isso em tudo, nota-se isso em tudo".
Apesar de reconhecer que o posicionamento do esloveno melhorou em relação ao Giro, Hermsen não vê o antigo campeão no seu nível habitual:
“Ele está mais atento e está numa posição melhor do que no Giro, mas não é uma sombra do Roglic que conhecemos".