Na segunda etapa da
Volta a França 2025, disputada com final exigente em Boulogne-sur-Mer,
Jonas Vingegaard voltou a estar entre os protagonistas e subiu ao pódio. No entanto, o plano original da
Team Visma | Lease a Bike previa outro nome para brilhar:
Wout van Aert. O belga, contudo, ficou muito longe da frente e não foi capaz de discutir o sprint final.
A ausência de Van Aert nas decisões gerou muitas questões, especialmente depois de ter sido apontado como um dos favoritos para este tipo de chegada. Em declarações ao canal belga Sporza, o diretor desportivo da Visma,
Grischa Niermann, esclareceu o que se passou com o belga.
"Não há nada de errado com o Wout, mas ele estave doente antes do Campeonato Belga de Ciclismo", afirmou Niermann, reiterando a explicação que já tinha sido dada aquando da sua ausência no Nacional. A verdade é que, mesmo em apenas 90% da sua capacidade, Van Aert continua a ser um elemento vital na estrutura da equipa neerlandesa.
"Depois as pessoas vêm dizer que não seria bom ele correr ali, que ele estava muito doente e isso, tal como no Giro, que isso não é a melhor preparação. Acho que não temos de nos preocupar, mas hoje foi demais", reconheceu o técnico da Visma, admitindo que o plano falhou.
Durante a etapa, Van Aert surgiu na frente do pelotão na penúltima subida do dia, parecendo estar pronto para ajudar ou até sprintar. Mas rapidamente ficou claro que não teria capacidade para lutar pelos primeiros lugares. "Não, ele não deu a entender que não ia resultar. Talvez quisesse enganar-se a si próprio e testar-se na penúltima subida. Mas na última subida ele não conseguiu acompanha-los", explicou Niermann.
A equipa estava preparada para dar a Van Aert a liderança na etapa. "Tínhamos o plano de que o Wout fizesse o sprint hoje, mas infelizmente não resultou", admitiu o diretor da Visma. "Não se sabe uma coisa destas com antecedência, sente-se durante a corrida e especialmente na final, quando é realmente importante. Infelizmente, foi assim".
Apesar do revés, o técnico defendeu com firmeza a presença e o papel de Van Aert nesta Volta a França, garantindo que a confiança no belga permanece intacta. "Não quero saber se toda a Bélgica se vai virar contra nós. Um Wout na sua melhor forma é também o Wout que tem as suas próprias oportunidades e pode lutar por etapas no Tour. Ele retribui isso, sendo sempre o melhor companheiro de equipa".
"Ele já o provou 100 vezes. Este ano também o fez no Giro. Para mim não é sequer uma questão de saber se Wout vai ter a sua oportunidade. Se queremos o melhor Wout no Tour, então esse será também um Wout que terá oportunidades nas etapas", concluiu Niermann.