As especulações de que a 21ª etapa da
Volta a Espanha 2025, em Madrid, poderia ser cancelada devido aos protestos pró-palestinianos foram esta segunda-feira rejeitadas de forma categórica pelo diretor da corrida,
Javier Guillén. A notícia avançada pelo L'Équipe levantara a hipótese de a capital espanhola atrair manifestações de maior dimensão do que nas etapas anteriores, colocando em risco a tradicional chegada festiva.
Guillén fez questão de cortar o rumor pela raiz, mas sem minimizar os riscos que os protestos têm representado para o pelotão. “Já estamos a ver as consequências: provocam lesões corporais nos ciclistas. Isto não só põe em perigo a segurança dos próprios ciclistas, mas também a do público e a da pessoa que pratica a ação, e é por isso que temos de exigir que isto não volte a acontecer”, afirmou.
O dirigente deixou claro que o direito à liberdade de expressão pacífica é respeitado, mas sublinhou que a corrida não pode ser transformada em palco de ações que coloquem vidas em risco. “Reafirmamos o direito de todos à expressão pacífica durante a Vuelta. Mas não podemos tolerar invasões ou outras ações que ponham em perigo a segurança dos ciclistas, que apenas querem correr em circunstâncias normais. Estamos a fazer todos os esforços para o garantir.”
A segunda semana da prova ficou marcada por várias perturbações: da neutralização da 11ª etapa, às manifestações no Angliru e ao incidente de domingo, que provocou a queda de Javier Romo quando um manifestante invadiu a estrada. Segundo Guillén, a organização está a trabalhar em colaboração com as autoridades. “Estamos naturalmente a trabalhar com as forças da ordem do Estado, a quem agradecemos toda a ajuda que nos dão. O objetivo é proteger os ciclistas e garantir que podem circular normalmente.”
Por fim, o diretor da prova foi taxativo quanto ao desfecho em Madrid. “Gostaríamos de esclarecer que a organização da Vuelta nega os rumores que sugerem um possível cancelamento da etapa 21.”