Com a Grande Partida da
Volta a França 2025 cada vez mais próxima, os prognósticos multiplicam-se entre especialistas e antigos ciclistas. Um dos que já lançou a sua previsão foi o dinamarquês
Brian Holm, figura incontornável do ciclismo internacional, que acredita que será o seu compatriota
Jonas Vingegaard a conquistar a camisola amarela, superando
Tadej Pogacar, atual campeão em título.
Em declarações ao Ekstra Bladet, Holm foi direto: "Penso que será Vingegaard", apontando de imediato a força coletiva da
Team Visma | Lease a Bike como fator decisivo logo na primeira fase da corrida. "Durante os primeiros nove dias no norte de França, acho que ele terá a equipa mais forte para as estradas estreitas".
A primeira semana da Volta a França deste ano inclui etapas nervosas, com estradas técnicas e possibilidade de vento cruzado, o que pode baralhar o pelotão e provocar cortes de tempo entre os candidatos à geral. É aqui que, segundo Holm, a Visma pode fazer a diferença. "Pode ser uma loucura absoluta nas primeiras etapas, se houver vento cruzado e estradas escorregadias, então tudo dependerá das equipas", afirma o antigo diretor-desportivo da Quick-Step.
Pogacar e Vingegaard terão, em 2025, o seu quinto duelo consecutivo no Tour e para já regista-se um empate a 2, no entanto Pogacar leva vantagem geral (3 títulos contra 2 do dinamarquês)
Para Holm, a equipa neerlandesa tem uma cultura tática superior nestas situações: "Muitas vezes acho que a Visma tem melhor desempenho nessas condições, com ventos cruzados e estradas apertadas. Os Emirates, por outro lado, tendem a falhar porque trazem demasiados trepadores".
Apesar de ser nas altas montanhas que geralmente se decidem as grandes voltas, Holm alerta para o impacto real das etapas planas e nervosas, muitas vezes desvalorizadas. "O que sabemos é que nunca devemos subestimar as etapas planas ou rolantes, porque podem ser um inferno na terra".
Holm recorda que ano após ano, algumas das etapas teoricamente decisivas acabam por não cumprir as expectativas, enquanto os dias de transição causam mais estragos do que se espera. "Vemos isso ano após ano. Até a etapa rainha pode acabar por ser um fracasso", reforça o dinamarquês.
A edição de 2025 inclui dois contrarrelógios, o primeiro logo na 5ª etapa, plano, e o segundo na 13ª jornada, uma cronoescalada até Peyragudes. A última semana apresenta um percurso exigente nos Alpes, com passagens por colossos como o Col de la Loze ou La Plagne. É neste equilíbrio de forças – estratégia, força coletiva e gestão da pressão - que Holm vê Vingegaard como favorito claro.
"Quando olhamos para os dois contra-relógios, para a primeira semana em estradas estreitas e depois para a última semana com a subida a La Plagne, parece-me que Vingegaard vai ganhar".