As previsões de chuva para a noite de sábado no norte de França confirmaram-se e terão impacto direto na edição de 2025 da
Paris-Roubaix. Apesar de não se esperar precipitação durante a corrida, vários setores de pavê estarão húmidos e enlameados, tornando o início da prova mais traiçoeiro e técnico para o pelotão.
Fontes no terreno relataram que por volta das 23h00 de sábado já chovia em várias zonas da região. Durante a madrugada, essa chuva foi suficiente para deixar molhados numerosos troços da icónica rota da “Rainha das Clássicas”. A humidade acumulada durante a noite não terá tempo de secar antes do início da corrida, o que poderá provocar mais cautela (ou audácia) em momentos decisivos.
Imagens e vídeos que circulam nas redes sociais esta manhã confirmam o estado escorregadio dos setores. Não se trata de casos isolados: vários trechos apresentam visíveis acumulações de água e lama. Um dos exemplos mais notórios é o setor 7, que, segundo dados do ProCyclingStats, apresenta ambos os lados completamente cobertos de lama, sendo apenas a faixa central um pouco mais praticável.
Esta condição particular dos paralelos poderá ter impacto nas trajetórias escolhidas pelos ciclistas. Normalmente, as bermas são utilizadas como forma de poupar energia e minimizar as vibrações, mas nestas circunstâncias, os corredores poderão ser obrigados a permanecer no centro da estrada, aumentando o desgaste e os riscos.
O “Inferno do Norte” mostra, uma vez mais, porque mantém esse nome - e tudo indica que será preciso muita técnica, inteligência e sangue-frio para sobreviver à primeira metade da corrida.