Pogacar recorda ausência de João Almeida: "Teria sido uma última semana menos stressante"

Às vésperas de conquistar o seu quarto triunfo na Volta a França, Tadej Pogacar voltou a evocar o nome de João Almeida, lamentando a ausência do português naquela que foi a decisiva última semana da corrida. O esloveno não escondeu a frustração pela perda do seu mais importante escudeiro de montanha, sublinhando o impacto que a sua ausência teve na gestão táctica da UAE Team Emirates - XRG.

“Estou mesmo triste por termos perdido o João, porque a sua presença tornaria a última semana um pouco menos stressante para nós”, afirmou Pogacar, um dia antes da sua consagração em Paris. “Podíamos ter aspirado a mais uma boa classificação na geral e a outra vitória nos Alpes, mas nunca saberemos.”

Desde o abandono de João Almeida na nona etapa, dois dias após fraturar uma costela numa queda ocorrida nos quilómetros finais da sétima jornada, o líder da UAE tem feito questão de enaltecer repetidamente o papel do companheiro luso. Este sábado não foi excepção, com Pogacar a recordar aquele que estava destinado a ser o seu principal apoio nas etapas alpinas, num Tour onde o esloveno consolidou o seu domínio desde os Pirenéus.

Apesar da baixa importante, Pogacar não poupou elogios ao restante coletivo da UAE Team Emirates: “O resto da equipa foi incrível desde o primeiro dia ao último quilómetro. Sem eles, este Tour seria miserável. Estou tão feliz por fazer parte deste grupo.”

Com o título praticamente assegurado, o líder da geral manteve, no entanto, os pés bem assentes no chão. “Está mais ou menos feito, mas até cruzar a linha de meta em Paris… tenho de continuar concentrado”, disse, revelando incerteza quanto à abordagem à última etapa. “Espero que amanhã (hoje)seja um dia tranquilo. Estamos todos cansados. Veremos após a primeira subida como nos sentimos e se tentamos vencer ou apenas desfrutamos do dia.”

A ausência de João Almeida, elemento chave na estratégia da equipa, continua a ser sentida por Pogacar. O esloveno poderá até levantar os braços nos Campos Elísios, mas sabe que o seu sucesso poderia ter sido ainda mais sólido com o apoio do talentoso trepador português.