Pela segunda vez nesta edição da
Volta a Itália,
Primoz Roglic perdeu a Camisola Rosa, após a etapa 8, ao permitir que Diego Ulissi (XDS Astana) ganhasse tempo suficiente na fuga para assumir a liderança da classificação geral. A Red Bull – BORA – hansgrohe optou por uma estratégia de contenção e acabou por entregar, estrategicamente, a frente da corrida - algo que parece não incomodar o esloveno.
A jornada ficou marcada por uma luta intensa para formar a fuga na primeira metade da etapa, o que permitiu à equipa alemã manter-se mais resguardada, monitorizando os ataques sem assumir a responsabilidade do ritmo. O calor e o encadeado de subidas tornaram o dia particularmente exigente para todos.
“Foi um dia quente e difícil”, resumiu Roglic no final, em declarações à Cycling Pro Net.
Uma vez estabelecida a fuga, a BORA optou por não controlar as diferenças, permitindo que Ulissi, já bem colocado na geral, assumisse a liderança. Questionado sobre a entrega voluntária da camisola, Roglic mostrou-se tranquilo:
“A malta estava muito forte. Demos o nosso melhor. Às vezes temos a camisola, outras vezes não. Ainda há muitas etapas pela frente.”
Com a etapa 9, marcada por setores de gravilha e com o final em Siena, no horizonte muitos esperam que o terreno selecione novamente os candidatos à vitória final. Mas Roglic parece aliviado por já não carregar o peso da liderança:
“Felizmente não somos o carro número 30”, afirmou com humor, aludindo à habitual posição do carro da equipa do líder na caravana.