"Quase caí da cadeira" - Especialista belga surpreendido com o domínio de Evenepoel sobre Pogacar no Campeonato do Mundo de contrarrelógio

Ciclismo
segunda-feira, 22 setembro 2025 a 9:32
Remco Evenepoel, Ilan van Wilder, Jay Vine
O Campeonato do Mundo de Kigali arrancou de forma explosiva, com os contrarrelógios de elite a coroarem duas prestações dominadoras: Marlen Reusser confirmou o favoritismo entre as mulheres e Remco Evenepoel voltou a escrever história ao conquistar o seu terceiro título consecutivo na disciplina. O belga não só venceu, como deixou toda a gente incrédula ao ultrapassar Tadej Pogacar na estrada, transformando a prova numa exibição à sua imagem.
José de Cauwer resumiu bem a sensação geral durante a transmissão da Sporza: “Ainda não me recompus. Durante o primeiro ponto intermédio, quase caí da cadeira. Pensei que era impossível. Pensámos: de certeza que não pode ser verdade? Ele não o vai ultrapassar? Não pode ser verdade? Isto é Pogacar, não é?”

Deceção no Tour, redenção no Mundial

Evenepoel tinha sofrido no contrarrelógio em subida da Volta a França, onde foi batido por Jonas Vingegaard e viu o seu grande objetivo do verão escapar-se. A recuperação não foi simples, mas o belga encontrou forças para vencer uma etapa na Grand Boucle e agora confirmar, no Ruanda, o regresso à sua versão mais devastadora.
De Cauwer destacou a mudança de cenário: “Depois do acidente de dezembro, houve dúvidas. No Tour, Pogacar parecia mais perto de Remco. Esperava-se que tivesse recuperado tempo contra o belga, mas agora voltaram a separar-se. A diferença voltou a ser clara.”

Pogacar em dúvida para a prova de estrada

A fragilidade do esloveno no esforço individual deixou interrogações para a corrida de fundo do próximo domingo. Ainda assim, o próprio De Cauwer deixou um aviso: “É o Pogacar. Nunca digas nunca. É precisamente isso que torna esta corrida tão bonita.”

Van Wilder, a grande surpresa

Se Evenepoel confirmou o estatuto, Ilan van Wilder foi a revelação. O belga surpreendeu ao conquistar a medalha de bronze, reforçando a sua identidade como ciclista completo, capaz de unir capacidade de trepador e contrarrelógio. “Eu disse que o Ilan é o homem mais feliz no pódio, e acho mesmo que é. Isto pode dar-lhe um grande impulso. Há uma altura em que ele estava a pensar no rumo da sua carreira: seria domestique ou líder? Com esta medalha, podemos agora ver o verdadeiro Van Wilder”, comentou De Cauwer.
O ambiente na seleção belga transformou-se: dois homens no pódio e um tricampeão do mundo conferem confiança e motivação extra para os próximos dias em Kigali. “Isto também dá a Remco um impulso daqui para ali. Ele ainda tem objetivos. Estas podem ser semanas fantásticas. Onde é que isto vai parar?”, concluiu o analista.
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