A jovem promessa italiana de 18 anos da Red Bull - BORA - hansgrohe,
Lorenzo Finn, confirmou o título mundial de júniores que obteve no ano passado em Zurique com uma impressionante vitória no
Campeonato do Mundo de Sub-23 em Kigali nesta sexta-feira à tarde.
A corrida em Kigali rapidamente se tornou numa batalha de desgaste, com o exigente circuito ruandês e o ritmo acelerado forçando os abandonos desde as primeiras voltas. Logo antes da primeira passagem pela meta, formou-se uma fuga de três homens, constituída por Michal Pomorski (Polónia), Danylo Kozoriz (Ucrânia) e Ramazan Yilmaz (Turquia). Eles mantinham uma vantagem modesta de 24 segundos, mas o pelotão, ainda maioritariamente compacto, apanhou-os um a um, com Kozoriz sendo o último a ser alcançado faltando 142 km para o final..
À medida que as voltas avançavam, o pelotão gradualmente ia se reduzindo. Ciclistas dos Emirados Árabes Unidos, Tailândia, Turquia, Seicheles e Eslováquia estavam entre os primeiros a abandonar. Após a quarta volta, restavam 77 ciclistas, com Kozoriz entre os que desistiram após o tempo que passou na fuga.
A Bélgica começou a ditar o ritmo, aumentando a velocidade para desmembrar ainda mais a corrida. Ciclistas como Mauro Brenner (Alemanha) e outros foram abandonando à medida que a pressão aumentava na fase intermédia da corrida. Ataques efémeros de Pietro Mattio (Itália) e Jasper Schoofs (Bélgica) foram rapidamente neutralizados a cerca de 78 km da chegada.
Com 62 quilómetros por percorrer, Héctor Álvarez da Espanha lançou a tentativa de fuga mais promissora do dia. Atacando sozinho, conseguiu estabelecer uma pequena diferença para o pelotão, com o talentoso belga Jarno Widar a reagir imediatamente na tentativa de anular essa diferença. O pelotão seguia apenas cinco segundos atrás. Não demorou muito para a iniciativa de Álvarez patir a corrida. O espanhol manteve-se isolado na frente, com um grupo de perseguição forte atrás, agora a 30 segundos de diferença nos últimos 55km.
Com o ritmo incessante e os ataques constantes na cabeça do grupo de perseguição, quando a corrida entrou nos últimos 45 km do dia, Alvarez tinha sido acompanhado na frente por mais cinco ciclistas, incluindo a jovem promessa italiana Lorenzo Finn, com o grupo a manter uma diferença de cerca de 20 segundos para o restante pelotão.
Com pouco mais de 30 km para o final, e com a cooperação no grupo da frente começando a falhar, Finn decidiu que era a hora certa para atacar sozinho, acelerando no topo da Côte de Kimihurura. À medida que a última volta começava, a cerca de 15km do fim, Finn, que tinha sido acompanhado pelo suíço Jan Huber, mantinha uma vantagem de 47 segundos sobre os perseguidores mais próximos, com os favoritos à partida como Maxime Decomble, Adria Pericas, Jakub Ormzel e Jarno Widar a quase dois minutos dos líderes.
Finn e Huber pareciam cada vez mais perto das medalhas de ouro e prata, mas nos últimos 10 km, a cooperação entre ambos começou a falhar, com várias trocas de palavras acaloradas e gestos com as mãos. Com 6,5 km para a meta, Finn atacou novamente, deixando Huber para trás e seguindo em frente sozinho. Este acabou sendo o ataque decisivo, com o italiano confirmando a conquista do título mundial. Atrás de Finn, Huber ficou com a prata, com o austríaco Marco Schrettl a garantir o bronze.
Dentro dos portugueses, Lucas Lopes foi o melhor classificado, tendo terminado em 12º lugar. Este foi o melhor resultado depois do 2º lugar de António Morgado em 2023, na altura tendo perdido para o francês Axel Laurance em Glasgow.
| Pos |
|
Rider |
Team |
Time |
| 1 |
|
Finn Lorenzo |
Italy |
03:57:27 |
| 2 |
|
Huber Jan |
Switzerland |
+ 31 |
| 3 |
|
Schrettl Marco |
Austria |
+ 01:13 |