Tadej Pogacar é a grande figura do ciclismo neste momento, mas sem rivais à altura, o Campeão do Mundo não teria a motivação que mantém para evoluir. Por isso, a UAE Team Emirates - XRG sublinha que é essencial para o esloveno enfrentar adversários de topo como
Mathieu van der Poel,
Jonas Vingegaard e outros, que o obrigam a procurar sempre o melhor nível.
O esloveno cumpre uma primavera muito reduzida, focada apenas nas grandes clássicas de um dia e, mais tarde, na Volta à Romandia, onde se estreia. A equipa escolheu o calendário ao detalhe, para o manter motivado e, ao mesmo tempo, evitar desgaste acumulado, que, nas suas palavras, resulta sobretudo das exigências mediáticas e de patrocinadores associadas a estar no topo da modalidade.
Apesar disso, persistiram rumores de que Pogacar poderia querer correr a Volta a Itália. Em termos claros, essa hipótese foi descartada. “O Tadej é provavelmente o único corredor capaz de disputar todas as clássicas. Se quiser fazer a Volta a Itália num determinado ano, não pode ter uma primavera tão carregada de clássicas. É preciso fazer escolhas”, explicou o manager
Mauro Gianetti ao
Wielerflits. “Temos de garantir que não ultrapassa um máximo de cerca de 60 dias de competição por ano. Sobretudo tendo em conta o seu estilo agressivo de correr, que consome imensa energia”.
A Volta a Espanha, que arranca a partir de casa no Mónaco, é a única Grande Volta que falta no seu palmarés, completando assim o trio, pode também entrar no programa para mais tarde, este ano. A equipa quer começar com poucas corridas.
“Se olharmos para a sua primavera agora (início de 2025), antes de começar a preparar o Tour, teve 14 dias de competição. É um planeamento extremamente criterioso. Queremos um programa que lhe permita focar-se verdadeiramente nas grandes corridas. Cada prova em que participa ou abdica foi pensada ao detalhe”.
Rivalidades com gigantes mantêm Pogacar em chama
Na Strade Bianche mede forças com Tom Pidcock e Wout van Aert; na Milan-Sanremo com Mathieu van der Poel e Filippo Ganna; no empedrado com Mads Pedersen, além de van der Poel e van Aert; nas Ardenas com
Remco Evenepoel… E nas Grandes Voltas, com Jonas Vingegaard. São corredores que o têm desafiado nos últimos anos, obrigando Pogacar a melhorar continuamente para continuar a vencer.
“Ele adora essa competição. Antes de mais, porque tem muito respeito pelos adversários. O Mathieu é seu amigo, mas disputam para ver quem é o melhor nas respetivas clássicas. Respeitam-se. O mesmo acontece com Vingegaard e Roglic no Tour”, assegura Gianetti.
“Há respeito, mas ele também precisa dessa competição para extrair o melhor de si. Torna o ciclismo mais estimulante para ele. Quer vencer os melhores, não por falta de oposição. É por isso que estamos, talvez, a assistir ao melhor ciclismo de sempre”.