Romain Grégoire perdeu a amarela e não abriu o paraquedas: "Eu estava completamente morto"

Enquanto Julian Alaphilippe e Kevin Vauquelin se destacavam rumo aos lugares cimeiros da geral na Volta à Suíça, o até então líder da prova, Romain Grégoire, vivia um verdadeiro calvário nas montanhas. Incapaz de responder aos ataques na 5ª etapa, o jovem da Groupama - FDJ viu-se forçado a abdicar da camisola amarela, perdendo quase sete minutos e descendo para o 13º lugar da classificação geral.

No final da etapa, visivelmente abatido, o francês não escondeu a frustração com a quebra física sofrida. "Já não sinto nada. Estou completamente vazio. Tive menos forças do que esperava", declarou Grégoire ao L’Équipe, após cruzar a linha de meta.

A sua liderança já tinha sido colocada em causa no dia anterior, quando sobreviveu por pouco ao ritmo do pelotão. "Ontem (quarta-feira), salvei-a (a camisola amarela) mas fui bastante longe. Hoje (quinta-feira) já não tinha pernas", reconheceu, admitindo que o esforço acumulado dos últimos dias cobrou o seu preço. "Eu estava completamente morto".

Desde os primeiros quilómetros da etapa, Grégoire percebeu que seria um dia difícil. "Desde o início, sabia que não ia resultar. Nem sequer estava a atingir o ritmo que teria mantido nos treinos", lamentou. "O Valentin Madouas ajudou-me a limitar os danos no vale, mas fui deixado à minha sorte [nas últimas subidas]. Não tinha ilusões sobre a classificação geral, mas esperava limitar os danos mais do que isto".