Não há dúvida de que o ciclismo atual vive intensamente da rivalidade entre
Jonas Vingegaard e
Tadej Pogacar. Embora o esloveno também mantenha um duelo paralelo com Mathieu van der Poel nos Monumentos, nada se compara ao que gera frente a frente com o dinamarquês da Team Visma | Lease a Bike na
Volta a França. Graças a esse confronto, a temporada de 2025 já é considerada uma das mais memoráveis e competitivas da história recente.
Até ao momento, Vingegaard e Pogacar disputaram como grandes favoritos cinco edições da Volta a França. O dinamarquês conquistou duas, em 2022 e 2023, enquanto o esloveno ergueu a Camisola Amarela em três ocasiões, 2021, 2024 e 2025 (já tinha vencido em 2020, então frente a Primoz Roglic).
A comparação é inevitável: os adeptos questionam-se frequentemente sobre como seria a carreira de cada um caso não se tivessem cruzado no auge. O próprio Vingegaard não foge ao tema, como revelou ao jornal Marca em declarações à margem da
Volta a Espanha 2025, que lidera.
"Sem Pogacar, provavelmente já teria ganho cinco grandes voltas. Seria bom, mas ao mesmo tempo é bom competir contra ele. Ele é um bom tipo e é bom ter uma rivalidade como esta. Penso que este ano e no ano passado podia ter ganho de qualquer forma. Talvez também na minha primeira grande volta em 2021, mas nunca se sabe", afirmou Vingegaard, reconhecendo o impacto do rival na sua carreira.
Liderança na Vuelta e motivação extra
Após 16 etapas, o dinamarquês veste a camisola vermelha com 48 segundos de vantagem sobre João Almeida. Sem Pogacar na corrida, e ainda a recuperar da exigente Volta a França, Vingegaard parece ter caminho aberto para conquistar o seu primeiro título na Vuelta.
"Não me canso da comparação com o Tadej. Pelo contrário, acho que isso me motiva porque ele é o melhor ciclista do mundo atualmente. Se eu quiser ganhar uma corrida, tenho de bater o Pogacar. Isso dá-me mais motivação para melhorar", acrescentou o duas vezes vencedor da Volta a França.
O Giro surge no horizonte
Caso confirme a vitória em Madrid, Vingegaard somará o seu terceiro grande título e ficará a apenas um passo de completar a tríade das Grandes Voltas. O Giro ainda falta na sua coleção, e até hoje o dinamarquês nunca se testou na Corsa Rosa.
"Neste momento, tenho duas Voltas a França. Se ganhar a Vuelta, terei duas dos três grandes voltas. Seria muito importante para mim ganhar as três no meu palmarés. Por isso, sim, gostaria de ir à Volta a Itália", confessou.