O GP de Quebeque apresentou este ano um circuito renovado e mais exigente, mudança que acabou por transformar a clássica canadiana numa corrida muito mais aberta. Pela primeira vez, um ataque de longo alcance resultou, e
Julian Alaphilippe soube aproveitar a oportunidade para inaugurar o seu palmarés de 2025.
Ataque antecipado e leitura perfeita da corrida
O francês esteve sempre agressivo, integrando os movimentos que se adiantaram aos principais favoritos, entre eles Tadej Pogacar e Arnaud De Lie. Quando o Campeão do Mundo acelerou no pelotão, já na penúltima volta, o grupo da frente, com cerca de uma dezena de ciclistas, tinha trabalhado em conjunto para construir uma vantagem considerável.
Com a UAE Team Emirates - XRG incapaz de impor uma perseguição organizada, o pelotão não teve força suficiente para reduzir a diferença. A vitória ficou assim reservada ao grupo da frente, onde Alaphilippe demonstrou frieza e experiência de especialista em corridas de um dia, escolhendo sempre a melhor opção.
"Vou precisar de algum tempo para perceber. Sempre sonhei em ganhar esta corrida. A minha equipa fez um excelente trabalho no início da prova. É a minha primeira vitória desde a etapa da Volta a Itália do ano passado e estou muito contente com ela", afirmou Alaphilippe após cortar a meta.
Alaphilippe mostrou grande forma na recente Volta à Grã-Bretanha. @SWpix.com
Explosão decisiva na Côte de la Montagne
O francês seguiu o ataque tardio de Alberto Bettiol e, na íngreme Côte de la Montagne, lançou o seu movimento final. O arranque foi total, mas a diferença não parecia suficiente para garantir de imediato o triunfo. Ainda assim, foi o bastante para travar a resposta final de Pavel Sivakov, que acabou por cruzar a meta logo atrás.
"Tive uma boa sensação durante todo o dia e tive de jogar de forma tática, pois estava sozinho no grupo da frente. O meu diretor desportivo disse-me para poupar energia. Foi ficando mais difícil volta após volta, mas estou muito contente por ter resultado", concluiu Alaphilippe.