Tadej Pogacar jogou todos os trunfos, mas voltou a sair derrotado: "Não odeio a Milan-Sanremo, mas algum ano tem que correr bem"

Ciclismo
domingo, 23 março 2025 a 12:15
jhonatannarvaez tadejpogacar

Tadej Pogacar partiu para a Milan-Sanremo com um único objetivo: vencer. Qualquer outro desfecho seria uma desilusão para o campeão do mundo e para a UAE Team Emirates – XRG, que assumiram o controlo da corrida com um plano ambicioso. A estratégia foi executada na perfeição, com um ataque demolidor na Cipressa, mas, no final, a equipa teve de se contentar com um lugar no pódio.

Pogacar, que já leva três tentativas consecutivas para conquistar o primeiro Monumento da temporada, voltou a ver um rival superior no momento decisivo. "Não odeio a Milan-Sanremo, mas algum ano tem que correr bem", desabafou o esloveno à Cyclingnews, num raro momento de frustração. "De certeza que para o ano vamos tentar outra vez".

A UAE Team Emirates construiu uma equipa pensada ao detalhe para enfrentar o desafio italiano e, à exceção de Isaac del Toro – que teve dificuldades no posicionamento à entrada da Cipressa –, todos cumpriram o seu papel na perfeição. Tim Wellens e Jhonatan Narváez impuseram um ritmo infernal, que partiu o pelotão em pedaços, antes do ataque fulminante de Pogacar. No entanto, apenas um ciclista foi capaz de responder: Mathieu van der Poel. Mais ninguém conseguiu seguir o esloveno, mas bastou esse fator para deitar por terra os planos da UAE.

"Fizemos tudo o que era possível, não apenas eu. Posso estar muito orgulhoso da forma como corremos hoje. A cada ano estamos melhores, mais agressivos e mais determinados na Cipressa", afirmou Pogacar. "Hoje fizemos uma corrida fantástica, tentei finalizar com a vitória, mas havia dois homens mais rápidos do que eu".

O líder da UAE tentou isolar-se na Cipressa, mas acabou por ser acompanhado por Van der Poel e Filippo Ganna. "Tentei ir sozinho, mas seria demasiado otimista esperar que resultasse. Ainda assim, fiquei satisfeito por ter seguido com o Mathieu e o Filippo." Apesar do desfecho, a ofensiva do esloveno provou que esta pode ser a estratégia vencedora para o futuro. Com essa lição aprendida, a UAE deverá voltar a apostar num plano semelhante no próximo ano, numa nova tentativa de conquistar a Sanremo pela primeira vez.

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