Tom Pidcock não teve uma corrida perfeita na Milan-Sanremo, mas o ciclista da Q36.5 Pro Cycling Team partia com legítimas aspirações a um lugar entre os primeiros, graças à sua boa forma e excecional capacidade a descer. No entanto, a prova não correu como esperado, com uma queda a impedi-lo de reagir no momento decisivo.
Na véspera da corrida, o britânico já tinha enfrentado dificuldades inesperadas, ao revelar uma noite mal dormida no hotel da equipa devido ao ruído no exterior. "Sinto-me bem. Fui acordado às 6h da manhã por pessoas barulhentas no hotel, mas tirando isso, tudo ótimo", comentou com ironia. "Não foi a melhor noite, mas isso não importa agora".
O pior momento da corrida surgiria na fase crucial da Cipressa. Numa batalha pelo posicionamento, uma pequena queda na parte inferior da subida fez com que vários ciclistas ficassem retidos, entre eles Pidcock. O atraso de cerca de 10 segundos revelou-se fatal, especialmente num ponto onde a UAE Team Emirates – XRG assumiu o controlo total da corrida, preparando o ataque esperado de Tadej Pogacar.
"289 km de corrida deixam espaço para alguns erros. Hoje, o azar bateu-nos à porta no sopé da Cipressa, com uma pequena queda que envolveu Tom Pidcock antes do início dos ataques. Estávamos em desvantagem", escreveu a equipa nas redes sociais.
Pidcock conseguiu reintegrar o pelotão, mas, nessa altura, a luta pela vitória já estava perdida. No Poggio di Sanremo, ninguém conseguiu fazer a diferença no grupo perseguidor e o britânico terminou num discreto 40.º lugar, longe dos objetivos traçados. No final, deixou uma mensagem de resiliência: "Se fosse fácil, não se chamaria Monumento. Fica para a próxima".
🇮🇹 #MilanoSanremo
— Q36.5 Pro Cycling Team (@Q36_5ProCycling) March 22, 2025
289 km of racing with space for a few mistakes.
Today, we saw ourselves on the other side of luck at the foot of Cipressa, with a small crash involving @tompidcock before attacks kicked off, we were on the back foot.
If it was easy, it wouldn't be called a… pic.twitter.com/m64IdXyjde