A possível participação de Tadej Pogacar na Paris-Roubaix 2025 continua a ser um dos temas mais debatidos no mundo do ciclismo. Mas será que a resposta final já foi dada por Joxean Matxin, director desportivo da UAE Team Emirates - XRG?
Em entrevista à Relevo, Matxin voltou a ser questionado sobre o assunto e deixou claro que a decisão já está tomada. "A decisão já foi tomada", afirmou. "Do ponto de vista desportivo, a decisão já está definida, mas a comunicação cabe à equipa. Tudo o resto não passa de especulação. A equipa de comunicação é responsável por esse anúncio e eu prefiro não entrar em temas que não me competem. Tenho o maior respeito pelo trabalho deles".
Se a presença de Pogacar na Paris-Roubaix permanece uma incógnita, já a sua participação na Milan-Sanremo está confirmada, apesar da queda sofrida recentemente na Strade Bianche. "É verdade que nos primeiros dias sentiu algumas dores e desconforto após a queda, mas tem melhorado diariamente", atualizou Matxin. "Honestamente, não sei se ainda sente algum grau de dor ou desconforto. Falei com ele esta manhã, mas ainda não analisámos a situação em detalhe, porque essa é uma responsabilidade da equipa médica e dos treinadores".
Apesar das dúvidas sobre a sua condição física, o diretor da UAE mostra-se confiante. "Ele vai estar bem. Não sei se a 100%, mas vai estar em boas condições", garantiu. "Nos últimos dias vimos que está num nível alto, por isso é óbvio que chegará em boa forma a Sanremo".
Se 2025 pode ser o ano em que Pogacar finalmente conquista a clássica italiana, essa é uma questão em aberto. "Estamos a falar de uma corrida com mais de seis horas, quase 290 quilómetros, a uma velocidade média de 46 km/h. Decidir tudo em cinco minutos torna-a uma prova muito peculiar", analisou Matxin. "Nesses cinco minutos, há ciclistas de nível semelhante ou até superior ao de Tadej. Falo de nomes como Van Aert, Van der Poel, Jonathan Narváez, Mads Pedersen… No ano passado, tivemos também Philipsen e Matthews na disputa, sem esquecer Filippo Ganna. Nenhum de nós ficaria surpreendido se qualquer um deles estivesse nos momentos decisivos no Poggio".
Por isso, Matxin alerta para as incertezas de uma prova tão imprevisível. "Há todo o tipo de cenários possíveis. A intensidade da corrida será ditada pelo próprio ritmo de competição. No ano passado, por exemplo, tivemos uma média de 46 km/h. Isso significa que, em alguns momentos da prova, entre ataques, momentos-chave e subidas, chegámos a correr a mais de 50 km/h e em cerca de 80% da corrida, mantivemos velocidades altíssimas", concluiu.
Fica agora a dúvida: Pogacar conseguirá finalmente triunfar na Milan-Sanremo? E quanto à Paris-Roubaix, será que a decisão já tomada significa que veremos o esloveno no Inferno do Norte? As respostas, ao que tudo indica, chegarão brevemente.