No último ano da sua carreira,
Geraint Thomas definiu como grande objetivo uma última participação na Volta a França, tentando preparar-se de forma tranquila para uma despedida condigna nas Grandes Voltas. No entanto, essa preparação sofreu um sério revés esta terça-feira, na terceira etapa da
Volta à Suíça, onde o ciclista da
INEOS Grenadiers caiu de forma aparatosa, que poderá pôr em causa os seus planos para julho.
Durante uma jornada que decorria sem grandes incidentes, a cerca de 50 quilómetros do final, Thomas caiu no meio do pelotão. A queda, quase em câmara lenta, deixou-o estendido no asfalto durante algum tempo, gerando alguma apreensão. A equipa INEOS Grenadiers mobilizou-se de imediato, com metade dos seus ciclistas a recuar para ajudar o seu líder, que voltou à bicicleta visivelmente combalido.
Seguiu-se uma longa perseguição, com Thomas a lutar para minimizar as perdas. Apesar do esforço coletivo, o antigo vencedor da Volta a França acabou por perder mais de 15 minutos para o vencedor do dia, Quinn Simmons, cortando a meta no 133.º posto.
No final da etapa, o britânico falou do que se passou e das consequências da queda. “Bati num rebordo na berma da estrada. Foi um erro meu. Fiquei com o pé preso, torci o joelho e o tendão da perna. Foi como ficar com uma perna morta”.
Apesar das fortes dores iniciais, Thomas ainda tentou recompor-se em cima da bicicleta, mas sem conseguir recuperar o ritmo. “Durante cerca de um minuto tive dificuldades em dobrar o joelho”, revelou. “Quando voltei à bicicleta e comecei a rolar, foi aliviando um pouco, mas estou dorido. Os músculos estão um pouco tensos, mas está tudo bem”, rematou com algum optimismo.