É a equipa sensação desta temporada, fizeram uma recuperação impressionante desde condenados à despromoção até lugares seguros. Os ciclistas escolhidos pela
XDS Astana Team para este Tour mostram a estratégia de caça aos pontos, o elenco escolhido acumula apenas 2 vitórias em 2025, preferem guardar os ciclistas mais ganhadores para corridas que vão decorrer concomitantemente à
Volta a França, ainda assim, trazem um bloco com bastante qualidade.
Estatísticas da XDS Astana Team em 2025
21 vitórias, 63 pódios, 178 top 10, 17º lugar no ranking UCI 2023-2025
Alinhamento da XDS Astana Team para a Volta a França
Fedorov é o único corredor com vitórias neste 8, ambas nos campeonatos nacionais do Cazaquistão
Champoussin é o líder desta equipa, não lhe conhecia esta veia de ciclista de 1 semana, fez top 10 no Paris-Nice, na
Volta ao País Basco e na Volta à Romandia e arrisco-me a dizer que também faria na Volta à Romandia se não tivesse abandonado. Está solto a correr, ofensivo como sempre e nas chegadas explosivas é um dos grandes candidatos, estou a lembrar-me, por exemplo, do Mur de Bretagne. Não acredito que se foque na geral, mas sem em ganhar uma jornada.
Tejada poderá ser a aposta para a geral, mas a sua forma é uma incógnita depois da queda no Critérium du Dauphiné, quando seguia no top 10 da geral. Parece-me que a melhor opção será focar-se nas vitórias de etapa ou na classificação da montanha, já que o seu melhor resultado numa geral de uma grande volta foi um 34º no Tour 2023.
Higuita continua longe dos velhos tempos, a certa altura, creditou-se o colombiano como voltista, atualmente, o seu nível dará, no máximo para um top 20, deverá focar-se nas etapas e formar uma bela dupla com o seu compatriota. Velasco está a fazer uma temporada muito consistente, leva 14 top 10 este ano, com o grande destaque a ser o 4º lugar na Liege-Bastogne-Liege, já merecia uma vitória, vejamos se conseguirá ter a estrelinha do seu lado.
A restante equipa está dedicada ao sprint, Fedorov será o elemento utilizado para iniciar o comboio final, eventualmente para dar algum relevo na perseguição das fugas, mas não acredito que a etapa desperdice muitas energias. Ballerini vai seguir-se ao cazaque, evoluiu muito como lançador ao lado de Mark Cavendish.
Estou curioso para ver como será o entendimento entre Teunissen e Bol, nenhum deles é um sprinter de primeira água, diria que o neerlandês tem mais créditos e está a fazer uma temporada melhor, mostrou-se particularmente forte nas clássicas, fazendo 11º na Milan-Sanremo, 10º na E3 e 12º na Volta à Flandres, passa bem a montanha e a Astana tem bloco para acelerar em pequenas colinas e descartar os puros sprinters, facilitando a vida ao seu sprinter, que já venceu uma etapa e liderou o Tour, em 2019.
Original: Miguel Marques