Terminou a espera dos fãs de
Remco Evenepoel, com a equipa do campeão olímpico, a
Soudal - Quick-Step a divulgar o seu alinhamento para a
Volta a França, a segunda grande volta do ano.
Estatísticas da Soudal - Quick-Step em 2025
24 vitórias, 50 pódios, 110 top 10, 4º lugar no ranking UCI 2023-2025
Alinhamento da Soudal - Quick-Step para a Volta a França
Remco Evenepoel
Landa fez um trabalho fantástico para Evenepoel no Tour 2024 e este ano será a grande ausência, por lesão
Em 2024, muito se questionou a ausência de Merlier, um dos melhores sprinters da atualidade, em detrimento de gregários de montanha para Evenepoel. Este ano, não só trazem o campeão europeu, como também vêm 2 ciclistas para o apoiar. Merlier leva 10 vitórias esta temporada, só Pogacar e Brennam têm mais vitórias este ano. Na sua única participação no Tour ganhou logo e penso que irá repetir o feito este ano, com 2 triunfos.
Os dois apoios para Merlier são Lerberghe e Eenkhoorn, o primeiro é o seu fiel lançador, têm muitas corridas juntos e conhecem-se como ninguém, ainda assim, é necessário muita calma e precisão para combater com os comboios mais numerosos.
Evenepoel regressa com o objetivo de repetir o pódio de 2024, o belga só começou a temporada na Amstel Gold Race, em abril, corrida que venceu e até chegar aqui participou em 2 corridas por etapas - 5º na Volta à Romandia e 4º no Critérium du Dauphiné, o que demonstra que ainda falta um pontinho para chegar ao pódio do Tour, sobretudo tendo em conta a forma de João Almeida e Florian Lipowitz. O contrarrelógio será fundamental para ganhar uma boa almofada, mas o que vi nas de alta montanha que fez, diria que vai sofrer naquela sequência de jornadas de montanha, desde o Hautacan (12ª etapa) até La Plagne (19ª), onde apenas 2 dias não são de alta montanha.
Sem Landa, Van Wilder será o braço direito de Evenepoel, esteve bem nas corridas por etapas - 7º na Volta ao Algarve, 10º no Paris-Nice, 6º na Volta ao País Basco e 8º na Volta à Suíça e deverá estar ao lado do líder durante bastante tempo, o problema é que é o único com essa capacidade e isso pode desgastá-lo.
Os outros gregários de montanha são Schachmann, Paret-Peintre e Cattaneo, todos eles são ciclistas vocacionados para subidas curtas e explosivas, nesses terrenos podem aumentar o ritmo e preparar um ataque de Remco, mas na alta montanha, a única opção para serem úteis é integrá-los em fugas e fazê-los recuar na fase final das etapas. Deste trio, destaco o alemão, que, neste regresso à Quick-Step, parece estar a reencontrar as melhores sensações, o 3º lugar na geral da Volta ao País Basco foi o seu melhor resultado em corridas de 1 semana.
Original: Miguel Marques