Eli Iserbyt volta a enfrentar um obstáculo na sua recuperação. O belga de 28 anos, ciclista da Pauwels Sauzen - Altez Industriebouw Cycling Team, sofreu uma recaída na lesão da artéria ilíaca da perna esquerda, que o afastou das corridas desde o início do ano. Depois de quatro cirurgias e de um longo processo de reabilitação, o seu regresso estava previsto para 11 de novembro, no Superprestige
Jaarmarktcross Niel, mas esse plano foi cancelado.
O chefe de equipa Jurgen Mettepenningen confirmou o contratempo em declarações ao
Het Nieuwsblad, admitindo que o otimismo das últimas semanas se transformou em preocupação.
“Há duas semanas, as coisas ainda eram positivas, mas a lesão antiga voltou a causar problemas durante o treino. A atmosfera positiva transformou-se subitamente em negativa. Ele voltou a ter problemas com o fluxo sanguíneo na perna esquerda. Não é o ideal.”
O regresso em Niel já não é possível
De acordo com Mettepenningen, novos testes médicos serão realizados em breve, e Iserbyt consultará um especialista no Hospital Universitário de Gand para uma segunda opinião.
“Vamos realizar novos testes esta semana e pedir uma segunda opinião. Já é claro que a participação a 11 de novembro não é viável. Temos agora de esperar pelo final da época, na melhor das hipóteses. Hoje estamos mais pessimistas do que optimistas, não devemos pensar num regresso rápido.”
O diagnóstico representa um golpe moral e físico tanto para o ciclista como para a equipa, que esperava poder contar com o seu líder nas próximas semanas. Iserbyt, vencedor de várias provas do Superprestige e da Taça do Mundo, tem sido um dos nomes dominantes do ciclocrosse nos últimos anos, mas esta nova complicação prolonga um período de incerteza.
“Não quero dramatizar, mas não são boas notícias”
Questionado sobre o futuro próximo de Iserbyt, Mettepenningen manteve um tom prudente, mas realista.
“Acho que se pode ouvir o meu tom: não é um tom alegre. Então sabem que não são boas notícias. Não quero dramatizar ainda, mas temos de ser realistas. Niel não vai acontecer, e nas próximas semanas não veremos o Eli nas corridas.”
A incerteza sobre o sucesso das cirurgias e o reaparecimento dos sintomas tornam o cenário mais delicado.
“As cirurgias não foram realmente bem-sucedidas e agora ele está novamente a ser travado pela sua lesão. É muito difícil para ele como pessoa”, acrescentou o diretor desportivo.
O impacto psicológico de um ano perdido
Para Eli Iserbyt, esta é mais do que uma pausa forçada: é uma luta mental. O belga passou a maior parte do ano em recuperação, com o objetivo de regressar às pistas antes do inverno. Agora, o cenário voltou a complicar-se.
“Mentalmente, isto é muito duro para o Eli. Ele é um desportista de corpo e alma, que vê a sua profissão, a sua paixão e a sua vida serem-lhe retiradas, apesar de ter feito tudo para regressar o mais rapidamente possível”, lamentou Mettepenningen.
O chefe de equipa sublinhou que, acima de tudo, é essencial garantir uma recuperação completa antes de pensar em regressar à competição.
“O mais importante agora é recuperar, voltar a encontrar o nível certo e só depois regressar às corridas.”