"Ele tem um lado assassino dentro dele... isso simplesmente não se aprende" - Zonneveld elogia Tibor del Grosso após triunfo sobre Wout van Aert

Ciclocrosse
segunda-feira, 29 dezembro 2025 a 14:00
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À sombra de Mathieu van der Poel na Alpecin-Deceuninck, a equipa belga parece estar a lapidar um verdadeiro diamante em bruto. Tibor del Grosso já não é apenas uma promessa para o futuro no ciclocrosse, já é uma realidade, e a sua exibição fria e autoritária frente a Wout van Aert em Heusden-Zolder valeu-lhe elogios de Thijs Zonneveld.
“Ele tem um lado assassino dentro dele. Nas corridas anteriores, via-se por vezes que desligava, ou cometia um erro na última volta e pensava ‘paciência’. Mas também se percebia que aquilo não era o máximo que ele conseguia dar”, argumentou o comentador neerlandês no podcast In de Waaier. “E depois há um dia em que Van der Poel não está e Van Aert está, num traçado que lhe assenta bem, e ainda assim ele consegue superar-se”.
No dia 23 de dezembro, del Grosso e Kevin Kuhn atacaram desde o tiro de partida num circuito muito rápido, enquanto Van Aert perdeu 20 segundos na primeira volta, acumulando erros técnicos e ficando entalado atrás de outros corredores após um arranque falhado. O homem da Visma recompôs-se e descarregou todos, exceto do campeão neerlandês.
Em cenas que recordaram a sua rivalidade com Mathieu van der Poel, Van Aert e del Grosso chegaram lado a lado à reta final e sprintaram até à meta. O corredor da Alpecin levou a vitória.
“Na última volta, o Van Aert apertou mesmo em alguns pontos, onde o Del Grosso esteve sob grande pressão, mas ele conseguiu voltar sempre. Depois foram a fundo nos últimos cem metros e, a partir daí, praticamente se percebeu. Isso não se aprende”, sustenta Zonneveld. “É simplesmente o fator X”.

Nys e del Grosso podem liderar a nova geração

Del Grosso, com 22 anos, e Thibau Nys, com 23, atuais campeões nacionais dos Países Baixos e da Bélgica, são surpreendentemente parecidos. Ambos chegam também ao ciclismo de estrada quase em simultâneo, brilham em percursos explosivos e técnicos, e até nas ocasionais dores nas costas encontram paralelos.
Ainda assim, Zonneveld defende que Del Grosso é paciente, ao contrário do que alguns sugerem. “A mãe dele disse: ‘toda a gente o vê como um bocado exibicionista, e que não quer saber. Mas ele importa-se muito.’ Por isso ele ficou mesmo amargurado e devastado por ainda não ser suficiente. É um tipo que, por fora, parece que não quer saber, mas claro que não é verdade. Caso contrário, não se chega a este nível”, concluiu.
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