Mathieu van der Poel definiu um calendário provisório de ciclocrosse para o inverno de 2025/26, com a sua campanha totalmente orientada para a conquista de um inédito oitavo título mundial em Hulst. Caso o consiga, o neerlandês da
Alpecin-Deceuninck ultrapassará Eric de Vlaeminck como o ciclocrossista mais titulado da história, atingindo um marco que redefinirá o estatuto da modalidade.
O campeão do mundo, dominante sempre que regressa ao ciclocrosse, prevê iniciar a época em meados de dezembro, apostando num bloco compacto de corridas na Bélgica e nos Países Baixos antes de focar a preparação na defesa da camisola arco-íris. A primeira aparição está prevista para Namur, ainda sujeita a confirmação enquanto Van der Poel acompanha a evolução da forma física rumo ao dia 14.12.
A partir daí, pretende enfrentar alguns dos palcos mais emblemáticos da disciplina, incluindo Antuérpia, Koksijde, Loenhout e Baal, num calendário que privilegia variedade técnica e especificidade dos percursos.
Calendário provisório de ciclocrosse 2025/26 de Mathieu van der Poel
- Namur (a confirmar)
- Antuérpia
- Koksijde
- Hofstade
- Gavere
- Loenhout
- Baal
- Mol
- Zonhoven
- Benidorm (a confirmar)
- Maasmechelen
- Hoogerheide
- Hulst (Campeonato do Mundo)
Uma temporada construída com Hulst como ponto alto
O
Campeonato do Mundo em Hulst representa o núcleo estratégico do inverno de Van der Poel, encerrando um calendário concebido para conjugar ritmo competitivo, diversidade de traçados e controlo de carga física. O alinhamento previsto privilegia percursos técnicos, terrenos de areia e clássicas do ciclocrosse, mantendo a abordagem que o neerlandês tem adotado nos últimos anos: poucas aparições, prioridades bem definidas e foco total nos objetivos de pico.
A eventual presença em Benidorm permanece dependente da articulação com a preparação para a estrada, reforçando a lógica cirúrgica do planeamento.
Se cumprir o calendário previsto e alcançar o oitavo título mundial, Van der Poel estabelecerá um novo patamar na modalidade, um feito histórico que, em solo neerlandês, assumiria uma dimensão simbólica ainda maior.