Este inverno de ciclocrosse podia ter tido um momento de destaque: os organizadores do
Gullegem Cross, marcado para 03/01/2026, contactaram a gestão de
Tadej Pogacar para o tentar trazer à corrida. Não resultou, mas pode acontecer no futuro.
No meio da segunda metade do bloco natalício, a prova da Superprestige surge encaixada entre vários eventos de alto nível. Isso significa, porém, que será uma das raras corridas deste período sem Mathieu van der Poel nem Wout van Aert. Um duro golpe para os organizadores.
Havia orçamento e, por isso, foi feita uma chamada a Alex Carera, agente de Tadej Pogacar, numa tentativa de garantir a grande surpresa à partida. “Começámos a procurar outra figura de cartaz para a nossa corrida de ciclocrosse. Um corredor mesmo muito bom, por assim dizer. Essa descrição encaixa em Tadej Pogacar”, explicou o organizador Stijn Tant à
Sporza.
Embora pareça fora do comum, não seria um choque total: o esloveno correu na disciplina, foi campeão nacional nos escalões jovens antes de assinar pela UAE Team Emirates - XRG, e competiu pela última vez em dezembro de 2022, na Eslovénia.
Recentemente, o diretor desportivo da UCI, Peter van den Abeele, também defendeu que,
se a equipa lhe desse luz verde, Pogacar gostaria de voltar a competir em ciclocrosse. Pogacar gosta de introduzir variáveis no calendário para se manter fresco mentalmente, e não se pode descartar um regresso à disciplina no futuro. Mas isso não acontecerá para já.
“No fim, disseram-nos que não, porque Pogacar estaria ausente em estágio. Não encaixava no planeamento”, explicou Tant. “Pensámos que encontraríamos alguém representativo, ao nível de Tadej. Mas não chegámos a acordos concretos. Ainda assim, temos de acreditar”. Mas acrescentou também que “já estabelecemos contactos”.
Quanto ao evento, haverá uma grande after-party para atrair mais público além das corridas de ciclocrosse. “Somos uma organização entusiasta, sempre à procura de novidades. Por exemplo, vamos abrir um ‘Kuhstall’, onde combinaremos ciclocrosse e après-ski”.