"A grande experiência que o Julian tem ajudou-me muito" Nova estrela francesa agradece a Alaphilippe, depois do Campeonato do Mundo

Ciclismo
sábado, 04 outubro 2025 a 13:00
Julian Alaphilippe Paul Seixas
Paul Seixas estreou-se na corrida de estrada do Campeonato do Mundo de elites masculinos em Kigali com um 13º lugar, mas o desempenho do jovem francês de 19 anos marcou-o como uma das grandes promessas do ciclismo. A sua performance no Ruanda serviu não só para cimentar o seu estatuto, como também para mostrar a sua capacidade de aprender e crescer com cada experiência.
Antes da sua participação no Campeonato da Europa em Drôme-Ardèche, Seixas refletiu sobre as lições tiradas no Mundial e a influência positiva de Julian Alaphilippe, líder veterano da equipa francesa, na sua primeira experiência no Campeonato do Mundo.
"A mentalidade necessária para competir num Campeonato é fundamental", afirmou Seixas numa entrevista ao L'Equipe. "O Julian é realmente uma referência, e a sua experiência é visível. Isso ajudou-me muito a entrar no Campeonato com verdadeira motivação".
As palavras de Seixas destacam a importância de um líder experiente no desenvolvimento de jovens talentos. Em Kigali, o francês terminou com 40 segundos de vantagem sobre o compatriota Pavel Sivakov, sendo o francês mais bem classificado, apesar de não ter conseguido um lugar no top 10. "A coesão do grupo dá confiança a todos", explicou Seixas. "A atitude de Julian ajuda o grupo a manter-se unido e focado".

A corrida mais desafiadora da sua carreira

O Campeonato do Mundo em Kigali foi uma das provas mais exigentes da carreira de Seixas. Enfrentou subidas duras, troços empedrados e um pelotão implacável. O jovem francês até se tentou juntar a uma fuga inicial aos 240 quilómetros da meta, um movimento ousado que seguiu a estratégia ofensiva da equipa francesa. "O plano era ser agressivo desde o início", revelou Seixas. "Talvez pudesse ter feito um pouco melhor, mas com 'ses' pode-se reescrever o mundo inteiro. O mais importante é que aprendi muito e fiz a minha parte do trabalho".
Terminar um dos Campeonatos do Mundo mais duros de sempre deixou uma marca profunda. "A certa altura, tudo está na nossa cabeça, deixamos de pensar em quilómetros e passamos a focar apenas em chegar até o fim", explicou Seixas. "Quando eu e o Pavel nos encontramos juntos, sabíamos que éramos os últimos franceses e tínhamos de lutar para honrar o trabalho feito pelos outros. Isso dá-nos energia e faz-nos sentir que não podemos desistir".

O equilíbrio entre corridas por etapas e clássicas

Para o futuro, Seixas pretende equilibrar corridas por etapas e provas de um dia. "Sinto que consigo lidar bem com ambos os formatos e gostaria de manter esse equilíbrio", revelou. "Claro que haverá momentos em que precisarei de me concentrar mais nas corridas por etapas, mas estou consciente disso".
A experiência adquirida em Kigali, com todas as suas exigências físicas e a pressão mental de disputar um Campeonato do Mundo, deixou uma marca indelével em Seixas. A forma como se manteve forte e ajudou a sua equipa, ao mesmo tempo em que se apresentou a um nível elevado, demonstra que está a caminho de um desenvolvimento rápido e promissor. A orientação de Alaphilippe tem sido, sem dúvida, uma parte vital desse início de carreira.
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