A Q36.5 Pro Cycling contrata ciclista ofensivo que adiciona ainda mais poder de fogo para as Clássicas

Depois de nove anos ligados à estrutura da Lotto, os caminhos de Brent Van Moer e da equipa belga vão seguir caminhos diferentes no final de 2025. Aos 27 anos, o belga inicia um novo capítulo na Q36.5 Pro Cycling Team, que tem vindo a reforçar-se para atacar a próxima temporada com mais ambição.

Van Moer chegou à Lotto ainda como sub-23, em 2016, passando pela equipa de desenvolvimento até se estrear no World Tour em 2019. Dois anos mais tarde conquistou a sua primeira vitória profissional, com um ataque tardio na etapa inaugural do Critérium du Dauphiné. Desde então, apesar de várias exibições consistentes, entre elas o 4º lugar na Omloop Het Nieuwsblad 2025, a vitória tem-lhe escapado.

Agora, o belga acredita que pode reencontrar o caminho das vitórias na equipa suíça: “Haviam mais equipas interessadas, mas na Q36.5 encontrei uma visão que me agradou. Eles acreditam que posso voltar a ganhar e dão-me liberdade nas Clássicas. Realisticamente, não direi que vou vencer a Volta à Flandres, mas corridas como Denain, Nokere ou Limburgo são adequadas para mim.”

Van Moer reconhece que o seu perfil é o de ciclista ofensivo, capaz de triunfar a partir de uma fuga ou de um ataque tardio:

“Sou um ciclista que precisa de correr de forma agressiva. Em 2021 mostrei isso no Dauphiné e quase na Tirreno-Adriatico, na Ronde van Limburg e até na Volta a França. Ganhar dessa forma não é fácil hoje em dia, mas espero voltar a ter essa sensação.”

A carreira do belga sofreu um duro revés em 2021, quando uma fratura na anca o afastou da competição durante quase um ano. Regressou em 2023, mas encontrou o caminho tapado pela ascensão meteórica de Arnaud De Lie, que rapidamente assumiu protagonismo nas provas favoritas de Van Moer.

Na sua nova equipa, Van Moer será uma das referências para as Clássicas, ao lado de outro reforço de peso, Fred Wright. O belga mostra-se motivado com a mudança. “Estou ansioso por trabalhar com novos treinadores, diretores, nutricionistas e colegas de equipa. É uma equipa internacional, com muita ambição, e isso dá-me uma nova energia.”

A decisão foi também influenciada por conselhos internos. “O Frederik Frison disse-me que seria uma boa opção para mim. Nas conversas com o Kurt Bogaerts e o Doug Ryder percebi que a confiança era total. Isso é um enorme impulso mental.”

Com a contratação de Van Moer, a Q36.5 soma já seis reforços para 2026: Eddie Dunbar, Chris Harper, Fred Wright, Xandro Meurisse, Quinten Hermans e agora o belga, sinal claro da ambição de Doug Ryder em consolidar a equipa como protagonista nas Clássicas e nas provas por etapas de uma semana.