"Adoro estas subidas íngremes" Sepp Kuss no seu melhor, mas incapaz de ajudar Vingegaard a bater Almeida

Ciclismo
sexta-feira, 05 setembro 2025 a 18:20
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As subidas mais duras são o terreno predileto de Sepp Kuss e no mítico Alto de l’Angliru o norte-americano voltou a exibir-se em bom nível. Dois anos depois de ter resistido aos ataques neste mesmo cenário para selar a conquista da Volta a Espanha, o trepador da Visma voltou a estar entre os melhores, embora incapaz de evitar a derrota de Jonas Vingegaard frente a João Almeida.
"Estou sempre ansioso por este dia, apesar de também sentir algum receio. Adoro estas subidas íngremes, deixam-me entusiasmado", disse Kuss à Eurosport. "Felizmente tinha excelentes pernas, embora o Dylan [van Baarle] e o Wilco [Kelderman] tenham imposto um ritmo tão incrível nas primeiras três horas que me questionei se conseguiria sobreviver".
A Visma assumiu as despesas do pelotão durante grande parte da jornada, preparando a terreno para Vingegaard poder ganhar para dedicar a vitória à família. Mas, nas rampas finais, foi a UAE Team Emirates - XRG a tomar as rédeas do pelotão, endurecendo o ritmo e moldando a subida ao perfil de João Almeida.
Quando o grupo principal ficou reduzido, Kuss manteve-se firme na roda do camisola vermelha. "Foi um grande esforço, antes do ritmo aumentar ainda mais no final. O Jonas esteve muito bem", reconheceu.

O regresso de Kuss à luta da geral?

A quatro quilómetros da meta, o norte-americano não resistiu ao ritmo imposto por Almeida e Vingegaard, cedendo terreno. Ainda assim, limitou as perdas e encontrou motivação ao seguir na roda de Jai Hindley, que aproveitou a dureza da subida para relançar a luta pelo pódio. "Não me surpreendeu. O Hindley é um ciclista fantástico, sobretudo em subidas como esta. Foi uma honra estar na roda dele".
Kuss terminou a etapa no quarto lugar, um resultado que lhe permitiu regressar ao Top-10 da classificação geral, beneficiando da quebra de Matteo Jorgenson. Embora a luta pela geral não seja prioridade para a Visma, o facto de o norte-americano recuperar confiança e exibir boas pernas é um sinal positivo para a equipa.
"A minha classificação geral também melhorou. Perdi quase um minuto por dia na primeira semana, mas agora é que começam a surgir as subidas mais íngremes, que me favorecem", concluiu Kuss, satisfeito por se reencontrar no terreno que se sente como peixe na água.
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