Alejandro Valverde, selecionador espanhol, sobre o campeonato do mundo de 2025: "Tanto o Enric Mas como o Juan Ayuso têm lugar assegurado"

Ciclismo
sexta-feira, 18 abril 2025 a 13:30
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Em entrevista recente ao jornal Marca, Alejandro Valverde abordou com clareza o seu novo papel como selecionador nacional de ciclismo de estrada, deixando evidente que essa nova função está no topo das suas prioridades em 2025. Apesar de ainda alimentar objetivos pessoais - como uma eventual participação no Campeonato do Mundo de Gravel - o antigo campeão do mundo destacou que a sua principal missão agora passa por liderar e preparar a seleção espanhola para os grandes desafios da época, com particular atenção ao Mundial de Estrada no Ruanda.
“A seleção é a prioridade. Depois, se houver tempo para mim, logo se verá”, afirmou Valverde, num tom sereno mas determinado. O murciano desvaloriza a complexidade do novo cargo: “Ser selecionador não é tão complicado como parece. No fim de contas, são duas provas por ano e, em anos olímpicos, três".
Com os Mundiais a decorrerem este ano em solo africano, numa das edições mais exigentes do ponto de vista físico e logístico, Valverde já traçou o seu plano e deixou claro em quem confia para liderar a seleção: Enric Mas e Juan Ayuso. Os dois trepadores têm sido figuras de destaque neste arranque de temporada e contam com a total confiança do selecionador.
“Já falei com os dois. Sabem que conto com eles e a predisposição é total. Agora é acompanhar a evolução até à data do Mundial. Tanto o Enric como o Juan têm lugar assegurado. Estão entre os melhores ciclistas espanhóis da atualidade, e isso não se discute”, referiu Valverde, sublinhando a importância de uma preparação cuidadosa e faseada.
O plano até ao Mundial passa por observação e acompanhamento próximos: “Agora estarei atento às corridas na televisão, depois estarei no Campeonato de Espanha em Granada, e mais tarde visitarei o Tour e a Vuelta durante dois ou três dias. Quando estivermos mais próximos do Mundial, farei uma análise mais detalhada".
Além dos líderes já estabelecidos, Valverde quer também olhar para o futuro e aproveitar o contexto para integrar jovens talentos: “Durante a Vuelta, queremos reunir os jovens ciclistas que estão a emergir para um pequeno estágio. Será uma primeira aproximação, para os motivar e integrar gradualmente no ambiente da seleção".
Com o Campeonato do Mundo a decorrer no Ruanda e o Europeu a realizar-se em França pouco depois, o selecionador reconhece a complexidade logística: “Vamos provavelmente precisar de montar duas equipas: uma para o Mundial e outra para o Europeu. As datas estão muito próximas, e isso exigirá uma boa planificação".
Alejandro Valverde, agora fora do pelotão, mas com o mesmo espírito combativo, prepara uma nova etapa da sua carreira com a mesma dedicação que o tornou numa lenda do ciclismo espanhol.
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