A Bélgica anunciou o alinhamento para os Campeonatos do Mundo de Estrada UCI de 2025, no Ruanda, com
Remco Evenepoel a assumir o papel de líder. O campeão do mundo de 2022 e atual bicampeão mundial de contrarrelógio (2023 e 2024) terá ao seu lado uma formação sólida, composta por
Ilan Van Wilder, Victor Campenaerts, Tiesj Benoot, Florian Vermeersch, Xandro Meurisse, Quinten Hermans e
Cian Uijtdebroeks.
A seleção inclui dois colegas de equipa de Evenepoel na Soudal - Quick-Step, Van Wilder e Louis Vervaeke, e ainda três elementos da Team Visma | Lease a Bike: Campenaerts, Benoot e Uijtdebroeks. Trata-se de um bloco equilibrado, que mistura experiência e frescura, pensado para apoiar o líder belga num dos percursos mais exigentes da história recente dos Mundiais.
Regresso de Evenepoel à competição
Depois de ter abandonado a Volta a França em julho, Evenepoel regressa esta semana às corridas na Volta à Grã-Bretanha. O belga começou em bom nível no Tour, vencendo uma etapa e envergando a camisola branca, com perspetivas realistas de terminar no pódio, depois do terceiro lugar em 2024. Contudo, nos Pirenéus viveu três dias desastrosos e acabou por abandonar. Agora, o foco passa por recuperar a melhor condição física e mental antes da grande meta em Kigali.
O ano de 2025 não tem sido fácil para Evenepoel. Após um 2024 de sonho, com duas medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos e o pódio na Volta a França, um acidente no inverno atrasou o início da temporada. Só regressou à competição em abril e nunca atingiu o nível esperado em julho. Os Mundiais no Ruanda surgem, por isso, como uma oportunidade para fechar a época em alta.
Pogacar parte como favorito
Tadej Pogacar chega a Kigali como principal favorito à camisola arco-íris. O atual campeão do mundo e tetracampeão da Volta a França será o homem a derrotar, com a maioria das análises a apontarem-no como grande favorito.
A corrida de estrada masculina, marcada para 28 de setembro, terá 267,5 quilómetros e um total de 5500 metros de desnível acumulado, um traçado que promete ser um dos mais duros da história dos Mundiais. Será também a primeira vez que a competição se disputa em solo africano, um marco histórico para a modalidade.
Jonas Vingegaard não estará presente, uma vez que continua a competir na Volta a Espanha, deixando Evenepoel como principal adversário direto de Pogacar. Para o belga, Kigali representa muito mais do que uma medalha: é a hipótese de salvar uma época irregular e mostrar, mais uma vez, porque é considerado um dos maiores talentos da sua geração.