A luta pelo topo do ranking ProTeam promete ser intensa nos próximos anos, com duas equipas suíças a liderarem o novo ciclo de três temporadas. Entre elas, a Q36.5 Pro Cycling tem-se destacado no mercado, consolidando-se como uma candidata séria à promoção ao WorldTour em 2028.
Depois do golpe de mestre que foi a contratação de Tom Pidcock no inverno passado, a equipa volta a reforçar-se em força para 2026. O nome mais sonante é
Fred Wright, britânico de 26 anos que chega para assumir a liderança nas Clássicas empedradas, área onde a Q36.5 ainda apresentava algumas lacunas.
“Estou muito entusiasmado por fazer parte deste projeto. Claro que há sempre nervos ao entrar num novo ambiente, mas isso só me vai ajudar a evoluir. Acho que vai ser bom”, afirmou Wright ao Domestique.
Uma estratégia agressiva no mercado
Além de Wright, a Q36.5 assegurou também ciclistas experientes como Eddie Dunbar e Chris Harper, vencedores de etapas em Grandes Voltas, e reforçou o seu bloco para as Clássicas com Quinten Hermans e Brent Van Moer. A equipa suíça, que até há pouco tempo era vista como outsider, começa agora a apresentar um plantel com profundidade e qualidade para lutar em múltiplos terrenos.
Wright, até agora fiel ao Bahrain-Victorious, acredita que a integração será simples:
“Acho que será um ambiente fácil de me adaptar. Não muda muito em termos de calendário, continuarei a focar-me nas Clássicas e espero finalmente alcançar aquela grande vitória que ainda me falta.”
Com apenas um triunfo profissional no palmarés, o título de Campeão Nacional britânico em 2023, Wright procura aumentar a sua lista de conquistas. Para isso, não descarta também procurar vitórias em provas de menor dimensão.
“Vai ser semelhante ao que fazia até aqui, mas quero aproveitar para disputar também algumas corridas mais pequenas. Seria bom levantar os braços mais vezes.”
Fred Wright foi 9º na Paris-Roubaix deste ano
Últimas corridas com a Bahrain
Antes de vestir as novas cores, Wright ainda tem compromissos com a
Bahrain - Victorious, nomeadamente a Volta à Grã-Bretanha, onde alinha ao lado de Pello Bilbao (na luta pela classificação geral) e Matevz Govekar (na luta pelos sprints).
“Temos várias cartadas para jogar, por isso vamos animar a corrida. Vai ser divertido”, garantiu o britânico.
Wright tem sido uma aposta consistente da Bahrain, com cinco presenças consecutivas na Volta a França. Em 2022 esteve perto da glória, apenas batido por Mads Pedersen num sprint a três. Este ano, o melhor resultado foi o 7º lugar em Toulouse, um desfecho que deixou o ciclista algo desiludido.
“Foi um Tour mais ou menos mediano, nada de especial. Tivemos bons momentos em equipa, mas faltou o resultado que procurávamos. Foi uma corrida um pouco frustrante, mas o ciclismo é assim”, resumiu.