Ex-ciclista lança o repto a Tadej Pogacar para lutar pela verde na Volta a França: "Eu aceitaria, seria ganancioso"

Ciclismo
quinta-feira, 24 julho 2025 a 10:42
TadejPogacar (2)
Tadej Pogacar já venceu todas as camisolas principais da Volta a França, exceto uma. A verde, tradicionalmente dominada pelos sprinters, continua a escapar ao esloveno. No entanto, nesta edição, está oficialmente na corrida, algo que levou Luke Rowe, antigo capitão de estrada da INEOS Grenadiers, a lançar um apelo ao camisola amarela para não deixar escapar a oportunidade.
Com a camisola amarela aparentemente assegurada por agora e também na frente da classificação da montanha, Pogacar poderá tornar-se o primeiro ciclista desde Eddy Merckx, em 1969, a terminar o Tour com as camisolas amarela, verde e às bolinhas. À partida para a 18ª etapa, está no 2º lugar da classificação por pontos, a 72 de Jonathan Milan.
Pogacar está empatado no topo da classificação da montanha com Lenny Martinez
Pogacar está empatado no topo da classificação da montanha com Lenny Martinez
Contudo, na 17ª tirada, Pogacar pareceu evitar deliberadamente o sprint intermédio, sinal de que a camisola verde não está nos seus planos imediatos. Uma decisão que Rowe considera questionável.
"Se eu fosse ele, aproveitaria tudo o que pudesse", afirmou Rowe no programa The Breakaway, da TNT Sports. "Pode não ser uma opinião muito popular. Ele podia ter passado o sprint intermédio entre os 11 primeiros, sem risco, sem esforço. Foi uma decisão consciente não o fazer. Ele deu pontos de graça, eu não o faria. Eu aceitaria, seria ganancioso".
Para justificar a sua posição, Rowe recorre ao exemplo de um antigo colega de equipa. "Nunca se sabe quando vai chegar o momento em que se deixa de ganhar. O Cav [Mark Cavendish] tentou ceder uma ou duas etapas durante a sua carreira ao Mark Renshaw, tentou ceder uma ao Michael Morkov, e depois demorou dois ou três anos a ganhar a sua última etapa e a bater esse recorde", lembrou. "Nunca se sabe quando é que se vai deixar de ganhar. Por mais impiedoso que pareça, aproveita tudo o que puderes, porque vai chegar o momento em que deixas de ganhar e olhas para trás e dizes: ‘Podia ter ganho aquilo’".
Com 4:15 de vantagem na geral e empatado com Lenny Martinez na classificação da montanha, Pogacar mantém-se no controlo da corrida, mas a discussão sobre até onde pode ou deve ir continua a dividir opiniões.
Robbie McEwen, tricampeão da camisola verde e colega de Rowe na TNT, considera que o esloveno está a tomar a decisão certa ao evitar a luta pelos pontos intermédios.
"Penso que ele está apenas a manter o objetivo inicial ao vir para o Tour: ganhar a Volta a França, ganhar a camisola amarela", defendeu o australiano. "Quando se trata da camisola verde, isso nunca fez parte do plano, penso que eles [UAE] estão apenas a manter o que vieram fazer e a não correr riscos".
"Se ele tivesse conquistado pontos no sprint intermédio e depois começasse a pensar um pouco mais sobre o assunto, ‘Talvez eu vá mais para a frente quando chegarmos à meta, talvez conseguisse alguns pontos entre os 20 primeiros’, ‘Oh, há uma grande queda a um quilómetro do fim e o Tadej Pogacar está lá dentro’", acrescentou McEwen. "Não queremos que ele corra riscos desse género, por isso talvez seja melhor dizer: ‘Não estamos interessados, afasta-te, não te metas, mantém-te seguro'".
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