Florian Lipowitz tem demonstrado, dia após dia, que é um dos corredores de classificações gerais mais promissores do pelotão internacional. À entrada da última semana da
Volta a França de 2025, o alemão da
Red Bull - BORA - Hansgrohe ocupa um lugar de destaque no pódio, ao lado de Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard, e pode estar prestes a alcançar o melhor resultado da sua carreira em grandes voltas, depois do 7º posto na Volta a Espanha 2024, desempenhando ainda um papel fundamental na vitória de
Primoz Roglic. Este desempenho notável é fruto da consistência apresentada nas três exigentes jornadas nos Pirenéus e também das desistências de
João Almeida e
Remco Evenepoel, que abriram espaço na luta pelos lugares cimeiros.
Sobre o belga disse: "Ele é bicampeão olímpico e campeão do mundo, por isso acho que não precisa de provar nada a ninguém. Além disso, a grande queda que teve, regressando forte, ganhou uma etapa aqui, por isso penso que, de qualquer forma, ele pode estar muito orgulhoso e de certeza que vai regressar forte", afirmou Lipowitz na conferência de imprensa de segunda-feira.
Apesar da camisola branca nos ombros e da presença entre os grandes nomes do pódio, o jovem alemão recusa qualquer comparação direta com Pogacar: "Penso que estou longe dele, penso que mesmo num dia mau, ele é melhor do que eu num dia bom. Não quero colocar demasiada pressão sobre mim próprio, por isso só quero desfrutar das corridas aqui, e esse é também o objetivo quando vim para cá".
Ao lado de Primoz Roglic, Lipowitz forma um duo poderoso na Red Bull, ambos bem posicionados na geral e com aspirações ao pódio. "Agora temos o Primoz e eu bastante bem na classificação geral, e penso que a lutar pelo terceiro lugar, vamos dar o nosso melhor, se conseguir mostrar as pernas na terceira semana, tal como esta semana, dou sempre o meu melhor. Acho que o Primoz mostrou nos últimos anos que é sempre muito forte na terceira semana e sabe como gerir três semanas de corridas, por isso acho que temos boas hipóteses, mas de certeza que vai ser uma grande luta".
Mesmo depois de ter terminado no pódio do
Critérium du Dauphiné, prova com terreno semelhante ao do atual Tour e etapas decisivas comparáveis, Lipowitz confessa que nunca imaginou estar a lutar pelos primeiros lugares da geral.
"Quando vim para cá, nunca pensei em correr para a classificação geral, nem em estar lá em cima. Sabia que, depois do Dauphiné, estava em boa forma e, se conseguisse mostrar as pernas que tinha no Tour, podia fazer algo muito bom, por isso, estou muito feliz e é também uma grande surpresa para mim. Para mim, é algo bastante novo. Sabia que tinha de passar por isto. Dei o meu melhor até agora e espero estar a sair-me bem. De certeza que tenho de me habituar".
A verdade é que o desempenho de Lipowitz é a consolidação de um percurso de crescimento sólido. Desde o 2º lugar numa chegada em alto da Volta à Romandia 2024, perdendo para Richard Carapaz, o seu progresso tem sido assinalável e sustentado.
"No ano passado, com a Vuelta, fiquei muito contente por ter provado que conseguia correr três semanas, mas penso que o Tour é algo diferente. Além disso, é muito mais stressante, não só em cima da bicicleta, mas também fora dela, mas de certeza que me dá alguma confiança no meu corpo, mas veremos talvez amanhã o que vai acontecer", concluiu.