John Degenkolb elogia Van der Poel: "De todos os ciclistas que conheci na minha carreira, Van der Poel é o mais impressionante que já vi"

Atualmente, existe uma geração de super talentos no ciclismo, ciclistas que vão fazer história - tanto em termos de desempenhos, como do palmarés que construíram. John Degenkolb e Tim Wellens foram questionados sobre o ciclista mais impressionante do pelotão e concordaram que Mathieu van der Poel é único.

Degenkolb, o "Sr. Roubaix", está longe de estar no auge da sua forma física, mas continua a ter um bom desempenho naquela que é a sua corrida favorita, quase entrando no Top 10 este ano. Degenkolb recorda o desempenho de Mathieu van der Poel no "Inferno do Norte" no início deste ano e o que sentiu em relação a isso. "Não havia nada que se pudesse fazer hoje. Pelo menos neste pelotão. Porque não se pode esquecer quem não pôde participar. O pelotão perdeu muita qualidade nas últimas semanas", disse, na altura, o alemão em declarações ao Het Laatste Nieuws.

Degenkolb, ele próprio vencedor do Paris-Roubaix, da Milão-Sanremo e de etapas nas três grandes voltas, não tem reservas ao afirmar que "de todos os ciclistas que conheci na minha carreira, Van der Poel é o mais impressionante que já vi. Não apenas hoje, mas tudo o que ele tocou nos últimos dois anos transformou-se em ouro".

Isso pode ser comprovado pelos seus resultados, incluindo duas vitórias em Paris-Roubaix, uma Volta à Flandres, um título mundial em estrada, um em Gravel, seis no Ciclocrosse, uma Milão-Sanremo e muito mais. É uma série que só não é mais tida em conta porque a modalidade viu outro talento intocável, como Tadej Pogacar, chegar simultaneamente à estrada.

"Acho que não é possível fazer nada, mas não fico frustrado quando tenho de correr contra um ciclista como ele", diz Wellens sobre o homem da Alpecin-Deceuninck, reconhecendo o enorme talento de van der Poel. "Olho para ele com admiração. Não é que o Mathieu esteja sentado em casa no sofá e depois venha ganhar. Também temos um assim na equipa, que também está a um nível diferente", referindo-se a Pogacar. "O Van der Poel é provavelmente o que mais trabalha. Também vejo isso com o Tadej".

Wellens complementa os dois, argumentando que a quantidade de treino e de trabalho efectuados entre as corridas os distingue de muitos outros. "Toda a gente fala sempre do seu super talento, mas no final do ano ele tem sempre o maior número de quilómetros, o maior número de horas na bicicleta e a maior 'pontuação de stress de treino'. Isso não acontece por acaso".

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