José Azevedo fala sobre a representação reduzida do pelotão nacional na convocatória para o Campeonato da Europa: "Trabalhamos de forma profissional e não somos recompensados por esse trabalho"

Ciclismo
quinta-feira, 12 setembro 2024 a 14:30
efapel
O Campeonato da Europa arrancou esta quarta-feira com as provas de contrarrelógio. Portugal já esteve em prova e a convocatória da Seleção Nacional esteve envolta nalguma controvérsia, nomeadamente por utilizar apenas 16 das 30 vagas concedidas. Um tópico que também tem vindo a gerar desagrado é a ausência de qualquer nome do pelotão nacional entre os escolhidos para correr em Limburgo.
José Azevedo, Diretor da Efapel Cycling, é o nome mais recente a expressar descontentamento em relação às vagas por preencher. "Como responsável por uma equipa fico triste. Não discuto critérios, nem opções, mas fico triste quando vejo que Portugal tem seis vagas e não as preenche quando existem corredores com qualidade para estar nesta corrida.", admite Azevedo ao TopCycling. "Custa-me ver que os corredores das equipas portuguesas não fazem parte das escolhas, basta vestir o maillot de uma equipa estrangeira e são convocados".
José Azevedo não quer acreditar que exista algum preconceito por parte da Federação Portuguesa de Ciclismo em relação às equipas portuguesas. Admite que é difícil ganhar ritmo só com treino, mas aponta que o GP Jornal de Notícias (que decorreu entre 25 de agosto e 1 de setembro) contou com médias de velocidade elevadas e que foram 8 dias bem disputados. O vencedor foi Frederico Figueiredo e em 2º, ficou um ciclista da Efapel, Tiago Antunes
Rui Oliveira e Iuri Leitão são dois dos três selecionados para o Campeonato da Europa. Portugal podia levar 6 ciclistas para a prova em linha
Rui Oliveira e Iuri Leitão são dois dos três selecionados para o Campeonato da Europa. Portugal podia levar 6 ciclistas para a prova em linha
"Muitos dos protagonistas do JN enquadram-se nas características do percurso do Europeu. Pedro Silva, Tiago Antunes, Tiago Leal, Joaquim Silva; é preciso corredores com capacidade e força para trabalhar para os sprinters. Se levas o Iúri e os Oliveira que podem sprintar, tens que os proteger. Para estes corredores é descrédito que passam e para as equipas é triste porque trabalhamos de forma profissional e não somos recompensados por esse trabalho", explica o dirigente.
José Azevedo explica ainda que um atleta do pelotão nacional que soubesse que era opção para o Europeu, pedalaria mesmo "duas horas atrás do carro até ao hotel" depois das etapas do GP Jornal de Notícias, com vista a estar na forma ideal para correr em Limburgo.

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