Lotte Kopecky descreve o misto de sensações antes da Paris-Roubaix: "Quando treino, detesto pedalar nos pavês. Mas na corrida, adoro"

Ciclismo
sábado, 12 abril 2025 a 5:00
lottekopecky
Lotte Kopecky pode não ter começado a temporada de 2025 com o domínio que muitos esperavam, mas a sua recente vitória na Volta à Flandres revelou que a campeã do mundo está de regresso à melhor forma. Agora, a belga da Team SD Worx - Protime tem como objetivo completar a ambicionada dobradinha nas grandes clássicas de paralelepípedos, tentando repetir o triunfo do ano passado na Paris-Roubaix Feminino.
“É muito especial atravessar cada setor de pavês. A adrenalina é enorme, porque sabemos que uma má posição pode deitar tudo a perder. E é preciso ter sorte para que a bicicleta resista até ao fim”, confessou Kopecky, em antevisão ao segundo Monumento, em declarações ao TNT Sports.
Mas não é apenas a sorte que define a rainha da calçada. “É necessário ter força nas pedras, mas também pedalar de forma inteligente e económica. No final, não se trata só de ser a mais forte, há muito mais em jogo. Tática, timing, sangue-frio - tudo conta".
Um dos momentos mais críticos da corrida será novamente o mítico Carrefour de l'Arbre. “A entrada até nem é má, mas pouco antes da curva à esquerda, aquilo torna-se mesmo complicado. Só espero não furar nessa zona”, alertou Kopecky. “Está tudo a abanar, há muito barulho, os adeptos gritam nas bermas... É um caos. Não sei bem como descrever, mas é um momento muito especial".
Apesar de todos os riscos, é na Paris-Roubaix que Kopecky se sente verdadeiramente viva. "Quando treino, detesto pedalar nos pavês. Mas na corrida, adoro. Estou ansiosa por voltar a fazê-lo. Roubaix tem essa magia — não é só a estrada, é tudo o que a envolve".
A belga conquistou a edição de 2024 com um sprint memorável no velódromo de Roubaix. Agora, quer voltar a colocar mais uma “pedra” na prateleira. E há um símbolo desse triunfo que guarda com carinho.
“No ano passado, tudo correu na perfeição. Ainda tenho a chave Allen que usaram no guiador nesse dia. Disse ao mecânico: ‘Fico com esta, é uma recordação’. Está ao lado da pedra do troféu... Foi uma vitória muito especial. Era um objetivo antigo e, quando o alcançámos, senti que significava mesmo muito. Fiquei genuinamente feliz”, concluiu a campeã mundial.
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