No próximo domingo, 13 de abril, o mundo do ciclismo vira atenções para uma das mais míticas e imprevisíveis corridas do calendário internacional: a
Paris-Roubaix. Conhecida como o “Inferno do Norte”, a clássica francesa promete um novo capítulo memorável, com a aguardada estreia de
Tadej Pogacar num dos palcos mais duros e icónicos da modalidade.
O esloveno, que já triunfou este ano na Volta à Flandres, voltará a medir forças com
Mathieu van der Poel, vencedor da Milan-Sanremo, naquele que será o desempate de um duelo estelar nesta temporada de Monumentos (1-1 em vitórias). A expectativa é máxima para ver se Pogacar conseguirá adaptar o seu talento a um terreno plano e brutalmente empedrado.
Mas o confronto entre os dois titãs não esgota o leque de candidatos. A lista de favoritos inclui ainda nomes como Mads Pedersen, Wout van Aert, Jasper Philipsen, Filippo Ganna, Jasper Stuyven, Iván García Cortina e Stefan Küng, todos com argumentos para deixar a sua marca no lendário velódromo de Roubaix.
A dimensão do evento transcende o ciclismo e atrai até personalidades de outros desportos. Foi o caso do treinador do PSG, Luis Enrique, conhecido entusiasta do ciclismo, que revelou os seus palpites à Movistar após a vitória por 3-1 frente ao Aston Villa na Liga dos Campeões.
"Temos de contar com o Mathieu van der Poel e o Wout van Aert", afirmou o técnico espanhol, quando questionado sobre as hipóteses de Pogacar na corrida. "É incrível ver estes ciclistas. Dá gosto vê-los em ação e, sinceramente, é bom ver atletas assim a afastarem-nos por momentos do futebol".
Embora o futebol continue a dominar atenções nesta altura decisiva da época, com os quartos de final das competições europeias em destaque, Paris-Roubaix tem o poder raro de parar o tempo. É um daqueles eventos que prova, ano após ano, que o ciclismo tem uma aura especial - e este domingo, Pogacar, Van der Poel, Van Aert e companhia estarão lá para nos lembrar porquê.