Wout van Aert continua a mostrar porque é considerado um dos ciclistas mais completos do pelotão. Vencedor de etapas tanto na Volta a Itália como na Volta a França este ano, além de um 4º lugar na Volta à Flandres e na Paris-Roubaix, o belga destaca-se não apenas pelos triunfos pessoais, mas sobretudo pela disponibilidade para trabalhar como gregário de luxo. Na
Volta à Alemanha, coube-lhe pela primeira vez apoiar a nova estrela da equipa,
Matthew Brennan.
Enquanto se prepara para as Clássicas canadianas, os seus últimos grandes objetivos da temporada, Van Aert já desempenhou um papel decisivo em 2025 para colegas como Simon Yates e Jonas Vingegaard nas montanhas, e no passado também foi peça-chave para Olav Kooij nos sprints.
Nesta Volta à Alemanha, sem ainda estar no auge da sua condição física, dividiu esforços entre perseguir oportunidades pessoais e trabalhar para Brennan.
Na 3ª etapa, foi decisivo ao fechar o ataque tardio de Soren Waerenskjold, antes de liderar o grupo da frente rumo ao sprint final. Brennan estava em posição de lutar pela vitória, mas acabou fechado por Danny van Poppel, posteriormente desclassificado pela manobra irregular.
"Reparei na sexta-feira que posso ter um bom punch, mas isso não é suficiente para estar com ele durante todo o final. É por isso que o Matthew é a nossa melhor hipótese de vitória. É lógico que nos estamos a concentrar nele",
afirmou Van Aert em declarações ao Het Nieuwsblad.
Com um pelotão de sprinters de qualidade, onde figuram nomes como Jonathan Milan e Jordi Meeus, a Volta à Alemanha apresenta uma concorrência mais dura do que a própria Volta a Espanha ou o Renewi Tour, disputados em simultâneo. Ainda assim, Van Aert acredita que a Visma tem boas chances de festejar mais um triunfo. "No papel, é a etapa mais fácil que existe. Normalmente, acaba sempre por ser um sprint. Vai ser mais difícil do que nos últimos dias. Vou precisar do meu cartucho para lançar o Matthew", concluiu.