Mike Teunissen é a favor da inclusão de irregularidades como o gravel e o pavê nas Grandes Voltas: "Afinal de contas, estamos à procura do melhor ciclista em três semanas"

O ambiente na Intermarché - Wanty deve estar ao rubro com a joia da Eritreia, Biniam Girmay, no topo da classificação por pontos, após duas vitórias dominantes ao sprint. Um dos principais elementos da sua equipa de sprint, Mike Teunissen, ele próprio vencedor de uma etapa do Tour (em 2019), tem de pôr de lado as suas ambições pessoais. Mas talvez apareça uma oportunidade durante a etapa de gravel em Troyes.

Teunissen acabou por dizer algo sobre esta etapa. "Tudo pode acontecer lá. Teremos de estar muito atentos. Talvez consigamos fazer o nosso trabalho, mas isso ainda tem de se ver. Felizmente, a última hora é de gravel plana. Em todo o caso, isso adequa-se a mim", disse Teunissen ao In de Leiderstrui.

Os chefes de equipa de alguns dos principais favoritos da classificação geral declararam recentemente que o gravel não tem lugar nas Grandes Voltas - nomeadamente Patrick Lefevere da Soudal - Quick-Step e Richard Plugge da Visma | Lease a Bike. É de notar que nem Evenepoel nem Vingegaard têm boas recordações deste tipo de terreno e, por isso, as suas opiniões podem ser um pouco tendenciosas no sentido da rejeição das estradas poeirentas.

De acordo com Teunissen, o gravel faz parte do ciclismo e, como tal, só ajuda na procura do melhor ciclista - algo que Teunissen considera ser o objetivo final da Volta a França.

"Penso que a inclusão de uma etapa em gravel no Tour deve ser possível", concluiu. "Acho que é bom. Afinal de contas, estamos à procura do melhor ciclista em três semanas. Por isso, pode haver algum gravel, pavê ou muito vento. Não tenho nada contra isso. Claro que não se espera que existam muitas quedas ou pneus furados. Mas, por outro lado, isso também faz um pouco parte. Em todo o caso, não me importo, digamos assim".