"Na próxima época tenho dois objectivos..." Max Schachmann já treina e aponta alto para 2026

Após várias épocas interrompidas por problemas de saúde e contratempos físicos, Max Schachmann reergueu-se com paciência e consistência em 2025. Agora, o antigo bicampeão da Paris-Nice quer transformar o seu renascimento em vitórias sólidas com a camisola da Soudal – Quick-Step na próxima temporada.

De regresso ao Wolfpack pela primeira vez desde o final de 2018, o alemão somou duas vitórias, incluindo o triunfo no prólogo e um período de liderança na Volta ao País Basco, terminando ainda em terceiro na classificação geral dessa prova WorldTour. Além disso, recuperou o título de contrarrelógio nos Campeonatos Nacionais da Alemanha e foi uma das peças chave no apoio a Remco Evenepoel durante a Volta a França.

Ao fazer o balanço da sua época, Schachmann destacou o prazer de voltar a integrar a estrutura belga e a importância de recuperar a confiança. “Penso que foi um bom ano. Gostei de voltar a vestir de azul com o Wolfpack e isso motivou-me logo no início da época, no Algarve. Foi um começo sólido e conseguir um top-5 na geral mostrou que eu tinha boas pernas, o que me deu confiança para as corridas seguintes”, afirmou num comunicado publicado no site oficial da equipa.

Uma ligeira doença acabou por travar o seu ímpeto antes do Paris-Nice - prova que já conquistou por duas vezes - mas o alemão manteve-se um elemento de valor dentro da equipa. “Foi uma pena ter ficado um pouco doente antes da Paris-Nice, uma corrida que adoro, mas mesmo nessas condições dei o meu melhor para ajudar o Ilan Van Wilder”, explicou.

Foi no País Basco que Schachmann mostrou ao pelotão que o seu talento continua intacto. Venceu o prólogo, vestiu a camisola amarela durante vários dias, somou pódios e terminou em terceiro na geral. “Ganhar o prólogo, desfrutar de alguns dias com a camisola amarela, conseguir mais pódios e terminar em terceiro na classificação geral foi fantástico. E conquistar em junho o título nacional de contrarrelógio, que era uma vitória que faltava no meu palmarés, completou o que considero uma excelente primeira parte da época”, recordou.

O alemão voltou também à Volta a França, integrando-se no bloco de apoio na luta pela classificação geral de Remco Evenepoel e no comboio dos sprints para Tim Merlier. “Voltar à Volta a França foi óptimo. Tentei ajudar a equipa sempre que possível. Foi uma edição exigente, mas acabou por ser fantástica para nós, com quatro vitórias e muitas recordações bonitas”, afirmou.

Já focado na nova temporada, Schachmann tem metas claras: manter o nível demonstrado no País Basco e transformá-lo em resultados nas Ardenas. “Já estou a treinar para 2026 e tenho dois objetivos: continuar a melhorar e voltar ao nível que tive em abril, no País Basco. Sei que sou capaz e quero provar isso”, afirmou.

Com o Campeonato do Mundo que se realizará em Montreal, com um percurso montanhoso que favorece ciclistas explosivos e resistentes, o alemão já marcou a data no calendário. “Estou ansioso pelas Clássicas das Ardenas e mesmo que ainda falte muito, gostaria de estar na partida do Mundial em Montreal”, confessou.